Minha Hora

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Klaus abre a porta com tanta força que ela se desprende das dobradiças, ela rasga a parte da frente da camisola de hospital de Isabel revelando seu peito cheio de aparelhos, Klaus tenta reanima-la mas só se ouvia o barulho do aparelho que mostrava que a paciente não tinha mais batimentos. Elijah não conseguia se mover, seu corpo parecia tão pesado e sem movimentos, era como se o próprio chão o puxasse com toda sua força sem ao menos dar a chance de ele protestar.

_VAMOS ELIJAH, ME AJUDA...POR FAVOR...VAMOS ELIJAH.

klaus não fazia ideia do quanto estava chorando, ele olhava para o irmão que continuava alio parado sem fazer nada. Ele havia entrado em choque. Klaus sente mãos o empurrando para longe de Isabel, ele nem havia notado que o quarto estava cheio de enfermeiros e médicos, no corredor uma sirene vermelha  ecoava avisando a emergência do caso.

_SENHOR SE AFASTA DA PACIENTE...SE AFASTE.

Klaus segura o rapaz pelo pescoço mas e puxado para fora do quarto por Marcell e Rebekah enquanto Elijah continua-vá ali, parado com seu olhar vazio. 


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Haylei desliga o celular e olha para o rio, a meses atras tudo estava tão em paz, apesar das desavenças entre os Mikaelsons,  a chegada de Isabel havia sido um mistério, a bruxa misteriosa e amaldiçoada que simplesmente caio na cidade sem saber de nada, seu passado desconhecido, sua linhagem perdida, seu futuro incerto. Mas quando era para ajudar alguém sempre estava ali, agora estava em uma cama de hospital lutando pela vida da própria filha. Haylei entra na casa de Mary e pega a jaqueta sobre a cadeira de balanço.

_Onde vai Haylei.

Mary pergunta mas já sabendo da resposta .

_Você sabe pra onde estou indo Mary

A loba veste a jaqueta e vai até a porta.

_Quando vai perceber que eles não são da família Haylei

 _Eles podem não pertencer a sua família, mas pertencem a minha, a da Hope, e eu sei exatamente o que Isabel está sentindo agora Mary, por que eu já estive no lugar dela.

A mulher de meia idade caminha até a porta também e encara Haylei.

_Assim como você, essa pobre moça  teve a desgraça de conhecer a família original Haylei, e nada de bom vem deles, de nenhum deles. 

_A filha dela está morrendo Mary, e como mãe você deve imaginar tamanha perda que ela vai ter, então que se dane quem é pai daquele bebe, só que quando eu mais precisei Isabel estava lá, e ela salvou a minha vida e a da Hope também, então se houver alguma coisa que eu possa fazer por ela eu vou fazer. Você gostando ou não.

Haylei sai da casa e desaparece entre o pântano.

_Essa é a sentença de amar um original. a morte.  


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A sala de espera era o próprio inferno. Klaus caminhava de um lado a outro, Marcell abraçava Rebekah que chorava baixinho e Elijah estava em um canto de cabeça baixa.

_O que deu em você Elijah._Klaus se volta contra o irmão._Eu pedi a sua ajuda mas você ficou lá parado sem fazer nada. É a sua filha que está lá Elijah. 

O original continuava em silencio sem dizer uma palavra sequer, o Doutor entra na sala e os quatro o olham, Elijah é o primeiro a se dirigir ao medico.

_Como elas estão Doutor?

O medico tira a mascara do rosto e olha para os pressentes.

_A mãe por hora esta fora de perigo, mas infelizmente a criança tem poucas horas de vida.

Elijah fica pálido, Rebekah abraça o irmão. Klaus se aproxima do medico.

_Não mais nada a ser feito pelo bebe? 

_Então, este é o motivo de eu ter vindo falar com os senhores, eu sugiro que tiremos a criança ainda com vida para não corrermos o risco de perdermos a mãe também, por que a criança esta deixando a mãe muito fraca.


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Hope houve de trás da porta quando a tia atende ao celular, a menina fica triste ao escutar que o bebezinho iria morrer. Hope corre para seu quarto fecha a porta e se senta no chão, ela segura a rosa que pertencia a tia Isabel e fecha os olhos se concentrando. Hope sente  uma brisa suave em seu rosto e abre os olhos, ela estava sentada em um, grande gramado, ela não estava mais em seu quarto. A menina se levanta e caminha entre a grama, a distancia havia uma arvore muito bonita com um balanço. mas o balanço estava vazio. Hope olha para os lados e ao longe vê uma uma garotinha da mesma idade que ela. A menina de cabelos negros estava encolhida em um canto perto de um riacho.

_Ei.

Hope a chama e a menina ergue a cabeça, seus olhos azuis focalizam Hope ao longe. A menina continua ali sentada sem se mexer, Hope se aproxima dela e se senta ao seu lado.

_Quem é você?

Hope pergunta curiosa.

_Meu nome é Madsy.

Madsy olha para o horizonte e suspira.

_Você esta bem?

Hope pergunta a Madsy e a menina balança a cabeça negativamente.

_Não...eu me sinto muito cansada.

Hope olha para o horizonte e depois para a menina.

_Por que se sente cansada?

_Eu não sei...mas eu sinto meu coração parando de bater.

Hope pega na mão da menina.

_Eu sei quem você é, não tenha medo Mady, sua mamãe esta lutando por você.

Madsy ergue seu olhar e eles estão cheios de lagrimas.

_Hope? como é New Orleans .

_É muito bonita e colorida.

Madsy sorri.

_As vezes eu escuto os barulhos, as vozes, e um nome.

_Qual?

_Klaus.

Hope sorri.

_Ele é o meu pai.

Madsy sorri também mas logo seu semblante muda e ela olha assustada para Hope.

_Hope chegou a minha hora.

Madsy se levanta e olha para Hope.

_Diga a minha mãe que não chore, eu não sofri, eu não senti dor, só sinto saudade da voz dela...e diga ao meu pai, que ele não tinha o que fazer por mim, era a minha hora.

Hope observa a menina correr para o campo e sumir. 

Rainha De Nova Orleans (A Bruxa Vermelha II ) CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora