Rainha De Nova Orleans (A Bruxa Vermelha II ) CONCLUÍDO

Sentença

Uma semana havia se passado desde a morte da pequena Madsy. Isabel não estava mais morando na mansão dos Mikaelsons, ela se mudara para o antigo apartamento de Anthony, afinal agora era seu, ela e Elijah após o enterro não trocaram uma palavra sequer e era melhor assim. A pintura que Hope fez de sua filha agora estava na parede de sua nova sala, era uma maneira de estar perto dela, Isabel ainda chorava toda noite antes de cair no sono, talvez iria chorar pelo resto da vida, mas quando o dia amanhecesse ela iria enfrentar tudo de novo, como sempre fez. 

Isabel estaciona o carro e sai fechando a porta, ela entra no portão estreito e caminha entre a grama baixa segurando o ramo de rosas em sua mão,  ela se aproxima do ponto mais alto do pântano, o túmulo de sua filha estava onde pertencia, ao lado da antiga casa de seus pais, onde teria crescido feliz e até tido irmãos se a vida não tivesse sido tão cruel com sua família. Ela havia descoberto a meses que o corpo de seus pais haviam sido enterrados ali no meio do pântano, como indigentes, eles não ganharam lugar no cemitério Lafaiete como todo bruxo de New Orleans, então não faziam parte dos ancestrais  e nem estavam do outro lado. A bruxa senta na grama e olha para o túmulo da filha, ela deposita as flores e fica ali observando o vento balançar as pétalas delicadas, Isabel sente uma lágrima descer e fica surpresa por estar chorando e nem perceber, isso já era tão frequente que ela nem ao menos percebia a lágrima cair.

 _Hoje mamãe pendurou seu quadro na sala, ficou bem bonito_A bruxa afasta uma mecha de cabelo do rosto_Sei la, eu estava pensando que talvez seria bom eu..._Ela baixa a cabeça e chora descontroladamente, ela queria poder ser forte para erguer a cabeça outra vez e dizer que estava tudo bem._Desculpe...eu juro que estou tentando minha querida...eu sinto tanta saudade...

Isabel cobre o rosto com as mãos e respira fundo, ela seca as lágrimas e volta a olhar para as flores.

_Eu não sei como, mas um dia nós vamos se ver , e nunca mais vou me separar de você, eu juro.

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Thomas olha sobre o laptop e vê quando ela entra na cafeteria, seus cabelos castanhos estavam ondulados e brilhosos, ela usava uma calça jeans preta, blusa branca e uma jaqueta de couro na cor preta também, ela estava linda e séria. Ele a observa se sentar em uma mesa a pouca distancia da sua, ela passa a mão nos rosto e  faz sinal para a garçonete, a garota anota o pedido e sai, Thomas se levanta e caminha na direção dela.

_Oi.

Isabel levanta o olhar que a segundos estavam a ler uma mensagem de texto de Klaus que perguntava onde ela estava e se estava bem.

_Oi.

Ela franze a testa tentando se lembrar se o conhecia mas nada veio a sua memória, o homem bonito a olhava com interesse ela pode perceber isso.

_Posso me sentar?

Isabel faz que sim com a cabeça e olha para ver onde a garota que pegou seu pedido estava, ela queria pegar o café de viagem e ir embora.

_Eu me chamo Thomas.

O homem estende a mão para ela e Isabel a segura dando um leve aperto.

_Sou Isabel.

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Klaus olha para o celular e nada de mensagem de Isabel, ela não falava com ele a uma semana e isso o deixava nervoso, claro que ela precisava de tempo mas não precisava desaparecer. Elijah não conversava com ninguém também, o irmão que sempre andava pela mansão de terno e preenchendo cada comodo com sua vaidade e arrogância agora estava trancado no quarto do andar de cima onde era para sua filha estar agora.  Dievall estava cada dia a mais um passo de derrubar sua família, pela informação de Aurora ele não era mais humano, e para  piorar tudo Isabel estava sendo acusada de executar uma bruxa.

_Onde você esta. 

Klaus tira o lençol da tela que ele estivera a noite toda olhando, ele a tinha pintado outra vez, mas ela estava diferente, era a Isabel de verdade, era a bruxa vermelha que ela tinha nascido para ser.

   

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Isabel sorria e olhava para o homem a sua frente, a musica na cafeteria estava alta e o clima começando a melhorar ali naquele ambiente.

_Então você é um historiador .

_Um cientista na verdade.

Isabel bebe mais um gole do café e seu olhar capita a movimentação na porta do estabelecimento, Vincent e mais quatro mulheres vem em sua direção. A bruxa fica ereta e olha pro rapaz.

_Não se mova.

Thomas franze a testa sem entender e olha para o grupo se aproximando.

_Isabel.

Vincent a chama e a bruxa se levanta o encarando.

_Oi Vincent

O bruxo olha para Thomas e depois para ela.

_Você esta sendo convidada a vir conosco Isabel.

A bruxa estreita os olhos e começa a rir, a cafeteria estava silenciosa e a musica tinha parado, eles eram  a atração do momento.

_Convidada? não seja ridículo Vincent, isso não combina com você.

_Muita coisa não vem combinado com gente como nós não é?

Isabel respira fundo.

_Se vai me acusar por favor seja claro_Isabel se aproxima dele_Vai fala...o que as suas cadelinhas falaram de mim dessa vez.

As  quatro mulheres dão paços a frente mas Vincent ergue a mão as parando.

_Eu não vou aceitar a sua provocação Isabel, você cometeu um delito grave e sabe disso, então por gentileza nos acompanhe por seu próprio bem se não quiser se machucar.

A bruxa  encara o grupo.

_Quando vocês vão me deixar em paz, já não basta o que fizeram contra mim? a morte da minha filha já não foi o bastante pra vocês?

_Eu sinto muito por sua perda Isabel de verdade mas o que você fez foi grave e deve ser julgado por seu povo.

_Meu povo? onde vocês estavam quando fui torturada por dias? onde estavam quando Anthony me amarrou com correntes e me chicoteou por varias e varias vezes? vocês não são meu povo, e pra ficar claro eu adorei queimar aquela vadia da Eleonor .

Vincent arregala os olhos.

_Você é um perigo para esta cidade Isabel, as bruxas do quartel tomaram uma decisão.

_A é ? qual?

_Você será julgada pelo clã de bruxas da Áustria.  

_Que assim seja.