o peso das asas de uma
borboleta que ao mesmo tempo
que quer voar e ser como
as outras, não consegue
sair do próprio casulo fechado.
o brilho se esvai com
a magia e vivacidade.
a padaria abre
mais uma vez.
alguém se conhece.
o amigo de alguém morre,
ou alguém está morto,
ou alguém está morrendo
ou prestes a
morrer
ou quer morrer.o ser que só existe
inexistindo, voando
na maldade do coração e
com uma violência
arranca
com
força o sangue.
o próprio
oxigênio.a borboleta com asas
quebradas ainda
quer viver e voar
mas está tudo
muito complexo.e as flores escondem
suas malícias.
rosas a penetram
com espinhos
e o som do exército
de vermes fica
mais estrondoso e
tudo
está perdido.cavalos insanos matam
os cavaleiros e Dom Quixote
perde
sua insanidade
com um casco sobre sua cabeça.
o humor das flores
que gritam e se defendem.
não é que amanhã seja um outro.
ontem será amanhã
e por enquanto, parece
que amanhã será a
mesma coisa.o final nunca chega
e nenhuma ligação.
entretanto, apesar
das forças exteriores,
adoecer na chuva
ainda deu esperanças
a uma asa quebrada.
a melhor parte da
viagem é quando
o fogo se aproxima,
quando o desespero toma conta e
não nos damos conta
até que percebamos
que estamos nos queimando.
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Poemas Cuspidos entre Dentes Sujos
PoetryPalavras desgraçadas. O tempo pinga ácido. 5 nascem. 10 morrem. O peso de uma carne morta retirada das costas. Poemas de dentes amarelados sorriem para uma parede azul, que sorri de volta. Bestificada. As janelas são perigosas e você é comida de gat...