Gotas de chuva secas caem.
Meu telhado grita, em seu próprio idioma, a noite inteira.
Uma cadeira vermelha rodeada de paredes azuis.
A quarta parede é amarela.
Ela está prestes a significar algo.
A música dá voltas no ambiente.
Minha cabeça dá voltas na música.
Um rosto expressa dor. A chuva penetra a máscara.
O telhado sussurra, continua um pouco mais e o som vai embora, levado pelo vento que canta a mesma história, com uma melodia diferente.
O empregado é mais útil que a própria palavra.
Pássaros cantam como se ainda não fosse tarde demais.
Talvez não seja.
Não é.
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Poemas Cuspidos entre Dentes Sujos
PoesíaPalavras desgraçadas. O tempo pinga ácido. 5 nascem. 10 morrem. O peso de uma carne morta retirada das costas. Poemas de dentes amarelados sorriem para uma parede azul, que sorri de volta. Bestificada. As janelas são perigosas e você é comida de gat...