Naquela noite fúnebre
abortou daquele quarto escuro,
cambaleando num beco lúgubre.
Tateando cigarros com os dedos sujos.
a luz iluminou
DIVINAMENTE,
um louco,
um fracasso, um doente.
com suas longas pernas na rua,
um rabisco de vida,
nua.
Os anjos direcionaram-a para
es
tra
das
de
so
rien (rien)
tadas.
O vento comparou-se a minha estupidez e a cuspiu-me embora.
salvei,
vagamente,
esperanças que essa alma perdida
voltaria me abraçando.
perdido, vaguei nas frases vomitadas apressadamente.
Caiu, enfim, o rio sobre minhas vísceras.
a experiência emocional
atingiu-me no estômago
carregando-me de pensamento
e caí na rua.
apressei-me ao sono inevitável.
minha pele rasgando
em fino diamantes.
os cavalos avulsos sobre meu
crânio.
relógio sem tempo
sob nuvens negras em
um céu azul.
o último suspiro
do
menino inseto.
pelado.
inválido.
vivendo devagar.
vivendo fácil
com 10 centavos
para trompetes.
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Poemas Cuspidos entre Dentes Sujos
PoetryPalavras desgraçadas. O tempo pinga ácido. 5 nascem. 10 morrem. O peso de uma carne morta retirada das costas. Poemas de dentes amarelados sorriem para uma parede azul, que sorri de volta. Bestificada. As janelas são perigosas e você é comida de gat...