aquele papo de Maomé e montanhas

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     Acordei hoje, por incrível que pareça, com uma mensagem. Eram apenas duas palavras numa tela rachada de celular. Mas aquelas palavras simplesmente iluminaram meu dia.
As mensagens que ele me mandou foram o suficiente para que eu levantasse sorrindo. Tomasse banho sorrindo. Saísse de casa sorrindo (uma coisa quase impossível) e desse bom dia à todas as pessoas que eu visse.
E agora, eu não sei porque, simplesmente me passou pela cabeça aquela música do Ed Sheeran que diz:
Amar pode doer. Amar pode doer às vezes.
E agora eu só consigo pensar no quanto poderá doer se eu decidir amar aquele cara. Não porque, como todos pensam, ele vá me machucar. Mas pelo fato de que eu nunca vou poder Tê-lo.
E como se esses pensamentos não bastassem, ainda tem mais coisa. Quando sai, num trajeto curto de casa até a padaria do bairro, eu vi um cara. Todo de branco. Andava como ele. Era da altura dele. Parecia com ele. A pele como a dele. E mesmo assim, poderia não ser ele. A vontade de gritar bateu tão forte que se eu não estivesse num dia de juízo mental, eu teria corrido até ele gritando loucamente.
Apenas para virar de cara com ele e notar que não era ele. Que eu estava alucinando. Mas eu não consigo parar de pensar que talvez, por uma chance do universo, de um em um milhão, fosse ele naquele lugar. Naquela hora.

Talvez eu esteja louca.

Talvez esteja me arriscando.

Talvez ele sequer valha a pena.

Mas eu estou apaixonada.

Eu estou fora de controle.

Loving can hurt... Loving can hurts sometimes...

(EU não estou louca em dizer que, por um sorriso dele, por ouvir um segundo a voz dele, por ouvir a risada dele, por vê-lo uma vez que seja. Eu arriscaria a minha sanidade mental. Porque eu estou completamente perdida naquele cara que eu, de maneira muito provável, nunca poderei ter... Mas eu almejo, e, se Maomé não vai à montanha, a montanha vai até Maomé!)

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