Brothers Conflict - Complicated Love

Conflito Nove - Laços

[Nome] Fukushima

Hoje é um novo dia, e eu quero ficar dormindo, mas como nem tudo na vida é bom, eu vou ter que ir para a aula, e depois ainda passar lá no lugar que o Ukyo trabalha para pegar o meu passaporte, eu quero chorar. Levantei contra gosto, e fui tomar um banho e me vestir, hoje só tem aula chata, física é o diabo ruim, e biologia não passa muito longe. Levantei muito cedo hoje, vou aproveitar e tomar o café e ir logo pra escola, não vou esperar o Yusuke. Hoje eu fiz panquecas, estava muito bom. Fui de metrô para a escola, nem Miyumi e nem Hiroshi vem hoje, ou seja é somente eu, Yuu-chan e Hideki. A aula começou, Yusuke ainda não chegou, provavelmente vai chegar só para o segundo tempo, menino irresponsável. Eu e Hideki não conversamos muito, temos que prestar atenção. Yusuke chegou no segundo tempo assim como eu disse. Depois disso não aconteceu nada de interessante na aula, então eu dormi, acordei só na hora de ir embora. Vou direto ao escritório de Ukyo, é rapidinho para ir lá. Em 15 minutos eu já estava lá, estou só aguardando a mulher pegar os meus papeis. Ela encontrou e me entregou. Agradeci a ela e fui embora. Na saída de lá me bateu uma curiosidade, o que será que tá escrito nesse papel? Será que tem algo importante? Deve ter, já que papai não me deixava ficar com ele. Decidi abrir. Rasguei o envelope e abri a requisição.

E no papel estava la na minha filiação escrito "Adotada", sinto o mundo girar ao meu redor, vou a procura de um banco para me sentar, encontro um banquinho e me sento lá retiro os papeis de dentro do envelope, em todos eles estavam "Adotada" na filiação, não entendo, eu sou realmente adotada? Porque papai nunca me contou isso? Ou porque minha mãe nunca mencionou isso para mim? Eu estou sofrendo todos esses anos pela morte de uma mulher que nem ao menos é minha mãe de verdade? Não pode ser verdade, não pode ser.

Pego meu celular e disco o numero de meu pai, depois de dois toques meu pai atende.

- Alo? [Nome]? Aconteceu algo? - Meu pai pergunta com preocupação na voz.

- Eu... Porque não me contou a verdade papai? Porque escondeu de mim esse tempo todo que eu sou adotada? Por favor me diga que isso é mentira, eu te imploro. - Digo sentindo lágrimas escorrendo pelo meu rosto..

- Minha filha... Eu... Eu não queria que voce soubesse dessa forma, eu iria te contar, eu juro, eu só.... Estava esperando o momento certo. - Meu pai diz, sinto que meu peito poderia explodir de dor a qualquer momento, eu não acredito, realmente é verdade

- Esqueça que sou sua filha, me esqueça para sempre, eu te odeio. - Digo e desligo o telefone, sinto as lágrimas tomarem conta do meu rosto, a família que eu tanto amei, na verdade não é minha família e nunca foi. Vejo algumas pessoas me encarando, decido sair do banco em que estava, fui andando sem rumo pelas ruas da cidade, quando vi cheguei a um parquinho infantil, me sento em um balanço e sinto as lágrimas vindo novamente. Como pode isso acontecer comigo? Sinto gotas de água caírem do céu, parece que nem o clima quer colaborar comigo. Fico no parque por não sei quanto tempo, só sei que já escureceu e ainda não parou de chover, meu celular não para de tocar, mas eu estou ignorando, não quero falar com ninguém. Minha mente viaja para meus amigos, o que será que Hideki faria se me visse assim? Decido ligar para ele, o telefone toca e ele prontamente atende.

- [Nome]! Onde voce está? Yusuke me ligou desesperado atrás de você, disse algo sobre seu pai, mas não entendi muito bem. - Pude sentir a preocupação na voz de Hideki.

- Hideki... - Digo entre soluços. - Estou num parquinho próximo a escola, não sei mais o que fazer.

Hideki tenta me acalmar por telefone, ele não poderia vir me ver pois já está muito tarde e sua mãe não o deixaria sair nesse horário, depois de um tempo falando com ele, ele tenta me convencer a voltar para casa, mas eu não quero, então acabo desligando o telefone. Assim que desligo sinto o celular vibrar com outra chamada, era Tsubaki, decido atender, eles merecem uma explicação, não posso causar mais transtornos a eles.