Lupina

Capítulo 34

Narradora on****

Dimitri e Felipe acompanham Malia e Sarah até a sala de mitos e lendas.

As duas garotas entram na frente, entrelaçando os braços enquanto Sarah tenta acalmar Malia.

Sarah: calma Malia, deu tudo certo. (Sarah diz se sentando com a jovem que a encarava ainda temerosa)

Malia diz sussurrando:

Malia: por pouco, o que eu iria fazer se os rapazes não tivessem aparecido na hora? Eu mal conseguia me mover, quem dirá tentar dizer algo. (Malia revela nervosa)

Logo a jovem se distraí quando pensa em algo.

Malia: Sarah...não deveria estar na sala do professor James? (Malia pergunta para a mais velha que sorri)

Sarah: enquanto você estava fora, tomei a liberdade de me inscrever para as aulas do professor Sebastian. Agora você terá que me aturar em sala de aula também! (A garota diz rindo alegre)

Logo a tensão nos ombros de Malia se dissipa e ela sorri aliviada.

Sarah então fica séria.

Sarah: além disso, as matriarcas do clã das bruxas ordenaram que eu ficasse ao seu lado sempre que pudesse, ao que parece, a Ordem está recebendo apoio de alguma entidade sobrenatural muito poderosa. (Sarah diz baixinho)

Malia se arrepia.

Malia: como assim? (Ela pergunta tensa)

Sarah suspira e olha para os lados, percebendo que a sala estava quase vazia ela decide dizer.

Porém antes que ela pudesse abrir a boca, duas pessoas sentam atrás das garotas.

Era Rebeca e Ed.

O jogador estava envergonhado, tentando se manter imperceptível afundando na cadeira até quase estar embaixo das mesas.

Rebeca estava com as bochechas coradas e evitava olhar para Malia.

Logo Sebastian adentra a sala, seu olhar estava hostil e distante.

O homem olha em volta da sala e quando seus olhos passam por Rebeca, a mesma treme e se encolhe.

Malia sente uma pontada de alívio e...felicidade em seu coração.

A morena se amaldiçoa, é errado se sentir feliz com a desgraça alheia, mesmo que a pessoa seja alguém como Rebeca.

Sebastian então vai para seu lugar, no centro da sala e encara os dois irmãos ainda conversando baixo na porta.

Professor Sebastian: senhores por favor, usem o intervalo para por a conversa em dia, Felipe, para dentro. (O homem alerta e se vira para o quadro)

O barulho do giz riscando a lousa refletia o estado de espírito do professor, agonizante e perturbador.

O giz fazia um som estridente que ecoava pela sala e alguns alunos começaram a se incomodar.

Porém eles voltam a atenção para seus cadernos e começam à escrever.

Malia também escreve em seu caderno, uma vez ou outra marcando alguma frase importante em seu livro.

A jovem as vezes sentia os olhares curiosos dos alunos ao seu redor em sua direção mas fingia indiferença.

Por dentro Malia estava gritando, enquanto se perguntava no que ela se meteu.

Uma hora se passa quando o sinal toca, os alunos aos poucos vão guardando suas coisas e se retirando da sala, indo em direção à cantina.

Sarah faz o mesmo e se levanta, porém para de andar quando vê Malia arrumar suas coisas lentamente.

Sarah suspira, logo depois sorrindo.

Sarah: te encontro na cantina? (Ela pergunta sorridente)

Malia apenas concorda com a cabeça enquanto fechava sua mochila.

Logo a sala está vazia. Apenas Malia e um certo professor jaziam no local.

A morena respira fundo antes de tomar coragem e se levantar, ela desce os degraus até chegar no centro da sala e para na frente da mesa de seu professor.

Quando Sebastian termina de organizar seu material, ele se vira e encosta na mesa. O homem cruza seus braços rente ao peito e estica as pernas.

Sebastian encara Malia profundamente e a jovem consegue ver em seus olhos vermelhos uma mistura de dor e receio.

Sebastian: algum problema senhorita Moonheart? (Ele pergunta distante fazendo o coração de Malia apertar)

Malia respira fundo antes de caminhar até o lado do alpha e se sentar na mesa bem ao seu lado.

Malia: não vai falar nada? (Ela pergunta tensa)

Sebastian a encara intensamente, como se tentando ler seus pensamentos.

Sebastian: eu deveria dizer algo? (Ele pergunta indiferente)

Malia suspira.

Malia: espero que...o que aconteceu não tenha te incomodado...(Ela esclarece entristecida)

Sebastian sorri.

Sebastian: não se preocupe Malia, você não é esse tipo de mulher, eu sei disso. Vi você tentando afastar o Bloodwood. (Ele diz descruzando os braços e ficando de pé)

O homem se vira e apoia suas mãos na mesa enquanto encarava Malia.

A jovem olha para baixo e treme quando vê as veias saltando nos antebraços do alpha devido ao mesmo estar se apoiando na mesa.

Ela repara na roupa um pouco justa do mesmo e em seus músculos, que agora estavam destacados.

Sebastian sorri de lado.

Sebastian: e bom...eu...eu fiquei feliz quando fez aquilo. (Ele revela corando um pouco)

Malia arregala os olhos.

Malia: feliz? (Ela pergunta se aproximando do mesmo)

Sebastian: sim Malia, feliz. (Ele diz calmo)

A jovem sorri brevemente, sentindo um peso sair de seus ombros e então deposita um leve beijo na testa do alpha que fecha os olhos, sentindo os lábios quentes de sua delta.

Malia saí da mesa e sobe as escadas até sua bancada, pegando sua mochila e saindo da sala sem falar mais nada.

Ela precisava redobrar seu cuidado na hora de se aproximar de Sebastian, aos olhos dos outros, ela era noiva de Dimitri.

Além do fato de alguns terem acreditado em Rebeca.

A morena não podia arriscar a profissão de seu alpha por conta de sua paixão.

Sebastian era um ótimo professor, e amava o que fazia mais que tudo. Ela não queria ser a responsável pela expulsão do mesmo por estar tendo casos com uma aluna.

Malia estava se aproximando da cantina quando a mesma é puxada para dentro de uma sala.

A morena abafa um grito e depois suspira.

Malia: espera...você me é familiar...(Ela fala tentando se lembrar quem era a figura misteriosa)

A garota enquanto isso permanece em silêncio, observando Malia com serenidade.

Malia estala os dedos e solta um "ahh".

Malia: você é a garota que vi no começo do ano na biblioteca! (Ela fala)

A jovem cora brevemente.

Só então Malia repara de mais perto as feições da garota.

Pele branca e lábios rosados, dois piercings nos lábios inferiores e maquiagem pesada.

Ela trajava roupas escuras e possuía uma tatuagem em seu ombro direito, uma bela fênix vermelha.

Os cabelos loiros da jovem tinham algumas mechas tingidas de rosa e seus olhos azuis estavam destacados com um lápis escuro e delineado bem feito.

Malia: precisa de alguma coisa? (Ela pergunta e a garota suspira)

: preciso sim. Preciso da sua ajuda. (Ela revela tensa, despertando a curiosidade da delta)