Capítulo 42

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Narradora on****

Sebastian olha uma última vez para o local onde os dois irmãos se encontravam antes de correr em direção à Malia.

Os olhos vermelhos do Alpha se arregalam quando o mesmo percebe o estado em que a jovem delta se encontrava.

Seu rosto coberto de sangue, seu olho direito fechado e sua feição contraída revelando sua dor.

Malia não se permite tomar mais tempo, acelera na direção de Derek que arregala os olhos desprevenido.

A jovem loba arranca sem pensar duas vezes a traquéia de seu tio e vê o mesmo definhar enquanto seu sangue jorrava, se engasgado com o mesmo que formava uma enorme poça escarlate no chão.

Aos poucos Derek retorna a sua forma humana, caído no chão o homem tentava pronunciar palavras mas apenas suspiros e gemidos eram ouvidos.

A loba caminha em sua direção mancando e então para quando já estava próxima o suficiente dele.

O homem com sua mão ensanguentada, alisa gentilmente os pelos de Malia que arregala o olho esquerdo.

D-desculpe...

Ele diz mentalmente para a jovem Alpha que sente seu olho marear devido as lágrimas.

Derek então fecha seus olhos, se rendendo ao sono da morte.

Era certo que sua alma jamais descansaria com os grandes alpha, ele estava fadado a permanecer neste mundo até o fim dos tempos.

Porém seu espírito tinha o perdão da alma que mais sofreu com seu egoísmo, Malia.

O Alpha branco corre em direção à jovem e se destransforma antes dela cair inconsciente no chão.

Os outros membros da alcatéia de Sebastian cercam os dois e aos poucos os moradores da vila do Norte caminham até pararem próximos aos lobos e os dois alpha destransformados.

Sebastian: você fez bem Malia, muito bem. (Ele diz alisando o rosto da morena que agora respirava profundamente)

Fumaça saía dos ferimentos da jovem, como se elas estivessem queimando.

Logo aos poucos as cicatrizes iam sumindo e o sangue começava a parar de sair de seu corpo.

As feridas se curam e então apenas umas poucas cicatrizes estavam visíveis no corpo da morena.

Uma delas era uma que ia da sobrancelha direita de Malia até abaixo de seu olho.

Era fina porém ainda visível.

Minutos se passaram, as pessoas da Vila sussurravam entre si enquanto Sebastian começava a ficar angustiado.

Malia lentamente abre os olhos.

Ela arregala os mesmos e sente eles marejarem.

Malia: Sebastian...eu...eu não enxergo...meu olho direito...(Ela respira rapidamente, tentando não sucumbir ao desespero)

O homem fecha os olhos, sentindo a dor de sua delta sem conseguir fazer nada a respeito.

Sebastian então abre seus olhos e beija a testa de Malia que se arrepia.

Sebastian: você está viva, vingou seus pais e agora pode enfim comandar essa alcatéia corretamente. Não pense nisso. (Ele diz calmamente)

Malia segura o choro, ela sabia que conquistou muita coisa, mas perder a visão de um dos olhos nunca vai ser algo fácil de se lidar.

O homem tenta fazer Malia o encarar mas a mesma fecha os olhos.

Sebastian: olhe para mim. (Ele pede)

LupinaOnde histórias criam vida. Descubra agora