👸A fuga 👸

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Branca de Neve pressionou o rosto contra as barras

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Branca de Neve pressionou o rosto contra as barras. Uma hora tinha passado desde que levaram Rose.

Ela viu quando Finn subiu com um soldado e puxou a moça de sua cela. Rose tinha gritado e chutado, mas o soldado segurou suas pernas.

Eles a levaram para baixo, ignorando Branca de Neve , que também
implorava para que parassem.
Ela queria que a jovem estivesse bem. Queria acreditar que tudo era um
mal-entendido e que a garota seria liberta sem ser machucada.

Mas a preocupação a consumia . Conhecia Ravena muito bem. E o que quer que Rose tivesse feito
(Ela havia feito alguma coisa?), Branca de Neve não conseguia afastar a sensação de que a conversa de hoje tinha sido sua última.

Ela esfregava as mãos e andava de um lado para o outro da cela. Não
conseguia entender o que estava acontecendo. Duque Hammond estava vivo. William lutava em nome de seu pai. A lembrança deles lhe trouxe esperança.

A cela parecia muito menor agora. Não suportava mais o cheiro de mofo ou as baratas correndo por lá à noite. Não aceitava não poder aproveitar o sol. O que estava adormecido dentro dela começava a se agitar novamente, depois de tantos anos.

Precisava sair de lá, ir para longe daquela prisão úmida e encontrar duque Hammond. Precisava de sua família novamente. Tão logo o pensamento cruzou sua mente, ouviu um som sibilante.

Virou e viu dois pássaros empoleirados no parapeito do castelo. Lembrou-se das aves distintivas da sua infância. Suas penas pretas elegantes as faziam se destacar no
céu cinza-claro. Suas caudas tinham mais do que a metade do comprimento de seus corpos e as penas das asas eram de um azul deslumbrante. Ficaram ali, as
cabeças inclinadas em sua direção, como se as houvesse chamado até ela por alguma estranha magia.

Foi até a janela e as observou. Elas bateram as asas uma vez, as penas azuis Capturando a luz.

— Vocês querem me dizer alguma coisa? — murmurou, questionando-se se estava imaginando aquilo. — O que vocês estão fazendo aqui? — as aves saltaram para o telhado.

As telhas de madeira estavam podres em alguns lugares. Ela levou um tempo para perceber o prego do telhado posicionado diretamente entre os dois pássaros.

Ele estava ao seu alcance, com boa parte para fora.Branca de Neve enfiou o braço entre as grades de metal e agarrou o prego. Ele tinha três centímetros de comprimento e a metade inferior ainda estava
alojada na madeira. Ela o moveu para frente, depois para trás, repetindo o
movimento até que o soltou.

Os pássaros pousaram no telhado ao lado dele, observando enquanto ela trabalhava no pedaço de metal enferrujado. Quase o havia arrancado quando ouviu passos pelo corredor de pedra.

Ouviu o choro abafado de Rose e depois a abertura da porta da cela dela. Ela ainda estava viva. A percepção a motivou.
As aves sentiram o perigo e voaram para longe, pousando em uma árvore próxima.

Branca de Neve e o caçadorOnde histórias criam vida. Descubra agora