7 anões

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Branca de Neve corria tão rápido que mal respirava

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Branca de Neve corria tão rápido que
mal respirava. Sabia que conhecia o
rapaz da floresta de algum lugar. E, da maneira como olhou para ela, tinha certeza de que ele a havia reconhecido também.

Mas como? Correu por entre as árvores segurando a adaga. Anna estava logo atrás dela. Branca de Neve podia ouvir pés batendo na terra. Reviveu a memória de tantos
anos atrás.

O garoto que havia escalado a macieira com ela, seu arco de brinquedo pendurado nas costas. Era William! Tinha reconhecido traços dele no rosto do jovem.

Eram os mesmos olhos cor de avelã, o mesmo sorriso. Finalmente se deu
conta de que era ele. Ele estava vivo! Mas o que estava fazendo na aldeia? Como a tinha encontrado?

Branca de Neve fez uma pausa e o ficou procurando na floresta. Anna e Lily haviam ficado para trás. Anna estava debruçada sobre o tronco de uma árvore, tirando um espinho do pé de Lily. A menina chorava. Atrás delas, Branca de Neve
via a destruição. O fogo havia se espalhado. A maioria das pala- fitas estava em chamas.

Mulheres corriam por entre as árvores. Melva, uma das jovens, passou segurando o que havia sobrado de seus pertences. Em seguida, Branca de Neve viu Finn, que a olhava diretamente.
— Ali!— ele gritou para outro soldado. Gesticulou para que o mercenário a
cercasse. Branca de Neve saiu correndo, mas alguém a agarrou por trás. Cortou o ar com a adaga até que ouviu uma voz familiar.
— Por aqui — disse o caçador. Apontou para um caminho estreito entre as  árvores, que serpenteava para o alto da colina, a leste da Floresta Sombria. —— Vamos! —Eric sibilou.
—Temos de ajudá-las! — ela se soltou dele. O caçador as abandonou, mas
ela não podia fazê-lo. Então, correu de volta e ajudou Anna a se levantar. Anna a empurrou.
— Vá — disse ela. Apontou para baixo. Finn estava muito perto.— Vá, já disse!

Branca de Neve olhou para seus olhos e percebe u que ela estava falando
sério. Um mercenário estava correndo por entre as árvores à esquerda. Finn estava se aproximando. Branca de Neve pegou a mão do caçador e ele a puxou pelos bosques, pelo caminho escuro, até a cena de horror desaparecer na vegetação densa.

Corriam por entre as árvores, quilômetros após quilômetros, circundando a margem de um gigantesco lago e depois em direção ao leste, onde a floresta
rareava.

Quando o Sol apareceu, os sons da batalha estavam muito atrás deles.
Branca de Neve parou, as pernas estavam muito cansadas para seguir. Então, se ajoelhou na margem de um riacho raso. Suas mãos ainda estavam tremendo.

Mergulhou-as na água fria, tirando o sangue seco de suas unhas. O cheiro de fumaça estava impregnado nela . Ainda ouvia as mulheres gritando, embora a floresta estivesse calma e as aves, silenciosas. Olhou para o caçador e o odiou naquele instante.
Ele as havia abandonado. Esgueirou-se na escuridão da noite e as abandonou. As mulheres estavam indefesas contra os homens de Finn.
— Por que você voltou? — perguntou ela em pé, para olhar nos olhos dele.
— Por quê?

Branca de Neve e o caçadorOnde histórias criam vida. Descubra agora