Changkyun perdeu seu soulmate de forma trágica e traumática, mas encontrou conforto nos braços de Minhyuk. Porém, o que começou como um relacionamento doce acabou se tornando uma parceria intensa e destrutiva.
{ChangHyuk | JooKyun | ChangKi | soulma...
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Ele luta consigo, contra essa vontade. Soca o espelho e transforma parte dele em cacos, quase como se fizesse o mesmo com a própria alma. São duas as vezes em que consegue resistir: o telefone permanece sobre a mesa, vibrando de forma insistente, chamando por ele como de hábito, como antes, como sempre. Changkyun até mesmo vai para outro cômodo, tentando distrair-se observando os bibelôs de Kihyun ou um retrato de seu soulmate.
Mas volta.
O nome de Minhyuk aparece no visor e as chamadas perdidas marcadas com ícones vermelhos quase o desesperam. E se for um pedido de socorro? E se for apenas para saber se ele está bem?
Mas Changkyun sabe que não é esse tipo de emergência. É só Minhyuk querendo convencê-lo a se juntar a ele, porque sente saudade, porque ainda o quer por perto, ao seu lado e dentro de si.
— Minhyuk foi algo passageiro, seu imbecil — é o que diz para si mesmo, tentando gravar essa afirmação na mente. — Minhyuk tem um soulmate. Vivo. Um soulmate perfeito.
Ele fecha os olhos e ainda consegue visualizar as noites que passaram juntos, os três, e uma parcela pequena de culpa lhe toma quando acha que pode reconsiderar, mas não, sua decisão está tomada e ele a cumpriria.
Na terceira vez, porém, Changkyun atende.
Ele não pode dizer não quando já está suado e arfando, sentindo os espasmos do corpo de Minhyuk quando este se entrega primeiro e, ainda assim, quica sobre seu colo porque quer matar qualquer resquício de saudade e precisa que ele atinja o ápice, demonstrando o quanto se importa com seu prazer. Minhyuk quer que Changkyun entenda que ele nunca agiu de forma egoísta e que eles podem consertar qualquer coisa, desde que estejam unidos.
O problema é que isso é uma grande mentira e Minhyuk pensa mais em si do que em Changkyun - ou mesmo em seu soulmate, Hyungwon. Ele quer tudo porque sabe como alcançar esse feito. Ata as mãos de Changkyun às costas e o impede de recuar. Liga e sua voz o intoxica, o magnetismo levando o mais novo a sempre ceder. Changkyun tenta controlar-se, mas é quase como uma invocação.
Jooheon o detém, porém, sendo obrigado a trancar a porta do apartamento e esconder a chave. Changkyun sente a fúria subir-lhe pela espinha, o rosto provavelmente muito vermelho porque o sente fervendo, mas seu melhor amigo não arreda o pé, não nesta noite, não depois de Changkyun ter visitado a casa de Minhyuk de novo e de novo depois de ter dito que não o faria.
Leva exatas duas semanas até que a primeira grande discussão desestruture a amizade. Changkyun é pego no flagra retornando de manhã com as roupas do dia anterior, com marcas roxas no pescoço e um cheiro insuportável de sexo que faz Jooheon perder as estribeiras. Eles discutem feio, trocam farpas e olhares nunca antes divididos.
