Deitada no sofá de sua casa, junto de Hyejoo, Chaewon aguardava seus pais voltarem.
Os dois mais velhos alegaram que precisavam ir ao mercado.
Claro que convidaram a loirinha, mas esta preferiu ficar em casa. Não queria sair.
E nesse exato momento, assistia a um filme de animação, que passava na televisão, enquanto abraçava Hyejoo de modo carinhoso.
- Eu queria ser uma princesa.- dissera, como sempre de modo repentino.
Hyejoo olhou para a Park, com olhar de dúvida.
- Queria ser uma princesa, e ter um príncipe só para mim.- esboçou um sorriso fraco, voltando a encarar a televisão.
- Mas você já é uma princesa.- dissera a Son, fazendo Chaewon olhar para si de volta. - Ao menos tem a beleza de uma.- sorriu.
- Mas e o meu príncipe?!
- Eu poderia ser o seu príncipe.- murmurou bem baixinho, mas fora audível pela loira.
- Você... Poderia?- indagou esperançosa, ganhando um brilho nos olhos.
Certo que Hyejoo era outra garota, mas Chaewon havia gostado da ideia. Parecia mais agradável do que estar ao lado de um garoto.
- Claro!- mordeu a língua, um tanto envergonhada. - De agora em diante, eu serei seu príncipe!- dissera um tanto brincalhona.
- E eu a sua princesa.- respondeu um tanto envergonhada, ganhando um forte rubor nas bochechas, enquanto sentia o seu coração se disparar.
Sua respiração falhou, e, de modo envergonhado, voltou a olhar para a televisão, deitando a cabeça no peito da mais alta.
- Hyejoo?
- Sim?
- Devíamos nos beijar, como nos filmes?- mordeu nervosamente o lábio inferior, subindo o rosto para encarar a morena.
- S-se você quiser.- sorriu de cantinho, envergonhada.
- Não é errado?!
- Não acho que seja.- deu de ombros.
Chaewon encarou aqueles olhos escuros por alguns segundos, pensando se deveria ou não fazer o que tinha sugerido.
A verdade é que, talvez ela quisesse, e muito.
"Só um não vai fazer mal."
Se aproximou do rosto alheio, roçando seus narizes, e lhe deu um selinho demorado.
Hyejoo tinha lábios triangulares e fartos, que por sinal, eram muito macios.
Tão macios que Chaewon acabara deixando mais um selar alí, só para poder sentir aquele macio por uma última vez.
Ouviu a porta de sua casa se abrir, e o que a fez dar um pulo, envergonhada, e então, se sentou.
- Seus pais chegaram, princesa.