Por ti

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Por ti abri mão da minha música,
Da minha poesia,
Da minha arte,
Da minha filosofia.

Por ti, oh minha amada,
Abri mão de meu desejo,
Do meu corte de cabelo,
E dos sonhos que almejo.

Por ti, que digo ser o amor de minha vida,
Tranquei meus sonhos,
Fechei minha mente,
Dei fim aos meus dias risonhos.

Por ti, a imperatriz da minha decadência,
Dei fim a meu pensamento,
Joguei fora meus sentimentos,
E entrei em estado de desfazimento.

Por ti, e por mais ninguém,
Anulei meu passado,
Dei cabo de meu futuro,
E hoje vivo trancafiado.

Por ti,
A certeza virou dúvida,
Abri mão da liberdade,
Me segreguei do meio,
E ceguei meu olhos para a verdade.

As Dores do SilêncioOnde histórias criam vida. Descubra agora