- Ele morde os lábios incrédulo sem me encarar-
GLENDA: Eu não sou uma puta! - Escorre uma lágrima dos meus olhos-
BENTINHO: Tem razão, tem razão- Ele se afasta e vai até onde eu havia deixado a arma, pega e aponta para mim- Você é uma puta, inconsequente, ingrata e agora também vai ser morta- Ele aproxima cada vez mais de mim -
GLENDA: Atira!- Desafio ele e abro os braços- Atira bem aqui ò, no meu peito! Atira ,vai, pode atirar!- Ele engatilha a arma e eu não recuo, continuo com os braços abertos. -
GLENDA: Vai, você não é o machão?atira!- Eu grito -atira!
- Ele dispara e na mesma hora, Raposa, um dos capangas dele, pula em cima dele, fazendo com que ele atire na parede. Eu fecho os olhos, me assusta e me arrepio com o barulho do tiro. Assim que percebo que não fui atingida, abro os olhos devagar. Bento cai no chã dolorido. Raposa toma a arma dele e levanta-
RAPOSA: Tá maluco, cara?
BENTINHO: Eu que te pergunto - Levanta com a mão na cabeça- Tá me tirando?devolve essa merda, vai!
- Eu me sento na cama e me encolho -
RAPOSA: Pra você acabar com sua vida e com a dela? Nem pensar!- Ele coloca a arma na cintura -
BENTINHO: Ela não merece viver!
RAPOSA: Não? Por que não? Só porque ela não aceita que você chifre ela? Mano, olha pra ela!- Ele me encara, mas eu não retribuo o olhar-
RAPOSA: Ela é linda cara! Pra que buscar fora de casa? Foi essa mina que te tirou de um monte de atrasa lado (amizades ruins). Sério mesmo que queria matar a mulher que fica mais em São Paulo do que aqui só para cuidar dos seus negócios por lá? - Raposa entrega a arma pra ele- Pensa bem!- Ele sai e nos deixa sozinhos -
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NA MIRA
FanficEntre ser feliz e se perder em um mundo de drogas, Glenda escolheu a segunda opção! Mas e quando já não se ama mais? O que fazer? Um tanto quanto confuso não? Viver num subúrbio no Rio de janeiro, onde o pobre não tem voz e muito menos liberdade é c...