O corpo e o agora

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Lugares aonde quero ir, mas não agora
Não agora, por favor!
A garganta aperta, estou deitada na minha cama, no meu quarto e tudo o que eu quero é ir para casa
O peito já faz tempo que não sobe direito, costelas contraídas da dor que eu não sinto
Licença poética é como eu vivo

E o quão estranho é pensar que eu ainda vivo no mesmo corpo das minhas fotos de infância
A todo tempo uma urgência me invade, como se eu precisasse fugir de onde quer que eu esteja e de quem quer que eu seja
Não sei pra onde, nem tenho lugar
Mas preciso que seja agora

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