25-Isabel

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Deitei em cima dele,cansada.

Gabriel:Tu é foda demais,pprt-falou fazendo cafuné.

Isabel:Tou tão cansada,amanhã vou trabalhar o dia todo.

Gabriel:Não era só começo de mês?

Isabel:Sim,mas tou apertada pra caralho.

Gabriel:Era só falar comigo.

Isabel:Não precisava-dei um selinho nele-tem oque pra comer?

Gabriel:Nem sei,minha mãe trouxe um bagulho na vasilha,lá na geladeira.

Isabel:Aff,tá com fome?-ele assentiu-vou fazer um bagulho maneiro pra gente-falei colocando o chocolate na boca.

Desci correndo e ele veio logo atrás,deitando no sofá e eu indo pra cozinha.

Peguei o feijão e uma vasilha e fui pra sala.

Isabel:Muito fácil,só tira as pedras-ele me olhou confuso-tá achando que eu vou fazer tudo sozinha,princeso?

Gabriel:Chata-deu tsc.

Voltei pra cozinha e comecei a cortar a calabresa em pedaços pequenos e depois o bacon.

Peguei o macarrão e coloquei na água que já estava fervendo,joguei um pouco de oléo pra não grudar e logo depois o molho branco.

Joguei milho,ervilha e alguns pedaços de queijo pra derreter.

Coloquei a carne moída no fogo e virei quando o Gabriel me chamou.

Isabel:Oque é?

Gabriel:Terminei,meio quilo né?

Isabel:Não vou fazer feijão,vai demorar demais.

Gabriel:Tomar no cu também-se estressou-cheiro bom-pegou o macarrão e eu batir nele.

Isabel:Não é pra pegar,filha da puta.

Gabriel:Chata pra caralho hein-saiu.

Terminei de cozinhar tudo e pelo menos tinha uma coca na geladeira.

Coloquei tudo na mesa e fui chamar ele.

Isabel:Vem,já ta pronto-ele levantou e deu um tapa na minha bunda-filha da puta.

A gente sentou um na frente do outro e o esfomeado já foi colocando tudo no prato dele.

Isabel:Eu não como não,desgraça?

Gabriel:Gente magra não come,só bebe água-eu revirei os olhos.

Terminei de colocar pra mim e enchi meu copo.

Gabriel:Brabona hein-arrotou-já da pra ser minha empregada.

Isabel:Se toque,porco.-eu rir pegando meu celular-duas horas,jajá vou dormir.

Gabriel:Princesa educada-me olhou debochado.

A gente terminou de comer e ele continuou gastando com a minha cara,ele lavou os pratos e depois nós fomos dormir.

Dia seguinte

Isabel:Tchau-dei um selinho nele.

Gabriel:Não quer que eu te leve?

Isabel:Você vai esperar?Só vou trocar a roupa...-ele assentiu-já volto.

Entrei correndo,tirando a roupa e deixando tudo no chão.

Joguei a calça na máquina de lavar e vestir outra,uma blusa polo branca e prendi meu cabelo,passei um gloss e calçei meu sapato.

Tranquei o portão e entrei no carro logo depois.

Gabriel:Só vou trocar de roupa-me imitou fazendo voz fina.

Isabel:Viado.

Gabriel:Vou te deixar ali na entrada-assentir.

Ele parou o carro na frente da upa e eu sair do carro.

Gabriel:Porra,e o meu beijo,desgraçada?-eu arqueei a sobrancelha.

Isabel:Você é chato-eu revirei os olhos e dei um selinho nele-tchau.

Gabriel:Eu pedi um beijo,não carinho,sua burra-dei dedo a ele e entrei na upa.

Batir o cartão e guardei minhas coisas no armário indo pra recepção.

O dia foi corrido mas não muito cheio na upa,no hospital da cidade foi super lotado,gente correndo por todo lado e feridos no chão.

Minha vontade foi de chorar,vendo cada pessoa sofrer ou desmaiar de dor ali.

A mulher gritou,ela estava grávida e provavelmente a criança iria nascer.

Ela e mais cinco estavam assim,fizemos o máximo pra ajudar,colocamos ela sentada na cadeira e ela gritava mais e mais.

Isabel:Respirava fundo-ela gritava mais e mais-eu sei que doi,mas você precisa relaxar,seu filho vai ter que nascer aqui mas vai ser rápido,eu te prometo.

Graças a Deus a obstetra chegou com mais três enfermeiras e levaram duas grávidas pra sala de parto.

Realmente é super dificil,deveriam ir pra martenidade mas elas escolhem o caminho mais rápido,o governo também não dá nenhuma assistência.

No final do dia eu já estava super cansada e esgotada,minha cabeça doía pra caralho e eu estava colocando a sonda no pênis do senhor,ele deveria ter uns 80 ou 81 anos.

Isabel:Por favor,segure-falei com a acompanhante dele-limpei o homem com algodão e troquei a sonda,tirando o saco com a urina cheia e colocando outra-A copeira já está vindo.

Finalmente meu hespediente já tinha acabado,lavei minhas mãos com alcool em gel e troquei de roupa colocando num saco e depois na bolsa.

Chamei o moto táxi que cobrou 30 reais pra me levar,mas como eu estava super cansada,nem debatir muito,peguei ele mesmo e não demorou muito eu chegar.

Ele me deixou no pé do morro,a policia não queria deixar passar e eu paguei só 20.

Eu só escutei o barulho dos tiros e corri pro beco,sentindo alguém me puxar.

Isabel:Que susto,porra-coloquei a mão no peito.

Gabriel:Tá maluca caralho?tá querendo morrer?-ele resporava ofegante.

Isabel:Eu cheguei agora,eu não sabia-ele me interrompeu.

Gabriel:Não importa,bora logo caralho,vou te levar em casa.

A gente foi pelos becos e depois subimos a escada,atravessando a rua e entrando em casa.

Gabriel:Qualquer coisa me aciona.

Isabel:Me liga quando terminar...-ele me deu um selinho e saiu correndo.

Os tiros aumentavam mais e mais,subir correndo pro quarto e fiquei lá,tentando me distrair.












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