Capítulo 7

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O restante da semana fiquei sem ver o Gustavo.

Na sexta-feira eu e Connor voamos para Inglaterra. Tínhamos o casamento da Emily, irmã dele para assistir.

Senhora Evelyn Williams, mãe do Connor me convidou a ficar na casa deles, mas eu não achei correto. Preferi ficar em um hotel. Combinei de dormir até tarde. No dia seguinte eu disse que apareceria por lá. E foi o que fiz.

Senti que Connor estava com a mente longe e comentei com ele que achou a mesma coisa de mim. Mas ainda assim ele disse que me amava por diversas vezes. Passamos um bom tempo, sozinhos, conversando e nos beijamos apenas uma vez.

A cerimônia de casamento da Emily foi linda. Ela se casou à tarde em um jardim belíssimo com muitas flores. A festa estava muito animada e dancei com muitos amigos que revi.

Em um momento senti a falta do Connor e sai para procurá-lo, encontrando-o, logo em seguida, na parte de dentro da casa e aos beijos com uma garota que eu não conhecia. Ele veio atrás de mim e pediu várias desculpas, perdões e "isso não vai mais se repetir". Fala sério! Qual a desculpa que se dá quando é flagrado aos beijos com outra garota?

Ainda fiquei mais um pouco na festa e beijei dois carinhas, gostosos, que achei por lá. Não senti remorso pelo que fiz, nem raiva, nem mágoa. Engraçado que pensei que no dia que visse Connor nos braços de outra eu iria ter um treco. A primeira vez tive certa crise de raiva, mas agora... nada. Dessa vez fiquei zen, "zen sentir nada".

Pelo menos essa não me agrediu verbalmente, por isso não precisei revidar.

Será que realmente estou mais interessada no Gustavo e esquecendo o Connor de vez?

Peguei um táxi e voltei para o hotel. Uma hora depois, Connor chega ao meu quarto e tenta se justificar dizendo que não aguentou me esperar, que tinha suas necessidades etc.

Deixei que ele falasse tudo o que queria e simplesmente acabou, não dava mais.

Voltei ao Brasil no dia seguinte e fiquei no apartamento da minha prima, Talita. Acabei contando todo acontecimento da minha viagem.

Meia hora depois meu avô me liga.

- Oi, vô. Que código de área é esse?

- Estamos em um encontro com empresários em outro Estado. Seu pai também está aqui e vamos ficar durante toda essa semana.

- Ah... tudo bem. - Não consegui esconder minha decepção.

- O que foi? - A voz dele saiu como se escondesse um sorriso.

- Nada não.

- Quero que se junte a nós, minha filha.

- Eu?

- Você vai adorar. Aqui tem grandes oportunidades para sua Empresa.

- Não posso deixar o...

- Já falei com o James, Danielle, e seu amigo ficou animado também. Tenho certeza que será bom para vocês. Escuta, querida, Wagner é um amigo meu, um ótimo piloto e esperará por você amanhã pela manhã. Assim que desligar vou lhe enviar o endereço e o horário, tudo que precisar.

- Meu pai não vai gostar de me ver.

- Não esquenta com isso. Temos um ao outro e eu adoro sua companhia, então não quero ouvir "não" como resposta, portanto, nos vemos amanhã e quero saber os detalhes de sua viagem à Inglaterra com o Connor, você sabe bem o que penso sobre isso.

- Não aconteceu nada, vô, continuo a mesma. Nós não voltamos e agora que não voltaremos mesmo. Depois te conto em detalhes.

Depois da morte de minha mãe meu avô virou meu confidente. É incrível como ele me entende.

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