Notas IniciaisUm Bônus do ponto de vista do meu utt, mais conhecido como amor da minha vida (ou Yoongi para os que não são tão íntimos kaka)
Ficou maior do que eu queria, mas não chegou nem na metade dos outros capítulos KKKKK Espero que gostem, foi um capítulo mais leve e com interações gostosas, mas com um ou outro detalhe que são importantes para o restante da história.
Boa leitura e não esqueçam de votar e comentar e me dar amor e carinho e vamos se abraçar ♡
• Edit (26/07/2019): atualização da mídia do capítulo para o novo padrão de design.
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Eu sempre fui tachado de frio e insensível pelas pessoas ao meu redor.
Eu nunca me incomodei em ficar sozinho e foi apenas depois de conhecer Namjoon e Jungkook que eu aprendi a não estar sempre só — apesar de saber que algumas coisas simplesmente não podem mudar por completo, independente do tempo que passe, como o fato de que, às vezes, eu ainda prefiro estar sozinho e ainda prefiro ter algum espaço para poder sentir as dores que tanto me atormentam.
Nesses momentos específicos, eu tento deixar bastante evidente no meu rosto que eu não estou querendo socializar, para que eu não precise ficar lidando com as pessoas e elas, por conta própria, se poupem de vir até mim.
E isso sempre funcionou muito bem... até aquele garoto irritante aparecer com uma incapacidade surreal de interpretar expressões faciais e um interesse injustificável por mim.
Estou sentado à uma das mesas redondas de um café qualquer que encontrei na rua, enquanto caminhava sem rumo e perdido nos meus pensamentos. Não pedi nada para beber, porque todas as opções do cardápio parecem caras demais, por isso estou recebendo olhares irritados dos funcionários ao que parece já ser uma eternidade. Não ligo. Estou ocupado demais observando as linhas do meu caderno, tentando pensar em algo para escrever.
Desde o dia em que eu tive notícias da Yunhee e fui ao Mix & Malt com Namjoon e Jungkook, estou tendo um bloqueio criativo. Quando eu tinha catorze anos, depois da quantidade de merda que passei tanto sozinho como também junto dos meninos, acabei criando uma barreira muito grande com o mundo externo; odeio admitir isso, mas acho até que fui eu quem começou com as brigas constantes e sem motivos do nosso grupo.
Lembro de ter cerca de dezenove anos e as coisas estarem indo de mal a pior na minha vida. Naquela época, Jungkook já era um pouco mais velho com seus quinze anos e, nós três, com frequência, saíamos para encher a cara nos bares que não ligavam para a possibilidade da polícia resolver fazer uma visitinha. Tudo naquele dia parecia ser propício para uma grande confusão. Minha mãe estaria fazendo aniversário, a Yunhee já havia desaparecido egoisticamente por cinco anos, e a vida de Jungkook e Namjoon também não estavam em um patamar muito superior ao meu. Ou seja, nós três estávamos completamente acabados.
Estávamos tão fodidos naqueles dias que Jungkook e Namjoon choravam quase sempre, por eles e por mim, já que eu nunca chorava. Eu não derramava nem uma lágrima. Depois daquela maldita noite, com apenas catorze anos, foi como se um vácuo profundo tivesse se formado em meu coração e, um mês depois, quando Yunhee me deixou, eu nunca mais consegui ser o mesmo. Eu não chorava, mas também não sorria. Eu não sentia nada além daquele buraco agonizante em meu peito.
Mas naquele dia as coisas saíram um pouco do controle. Acho que eu estava cansado demais de não sentir nada e, então, no desespero, eu acabei arranjando uma grande briga com um homem qualquer dentro de um bar que já não me lembro mais o nome. E eu apanhei... ah, eu apanhei muito. E foi bom sentir aquela dor.
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ASTER • jjk + pjm
RomanceJeon Jungkook, um garoto com a vida marcada por traumas e dores, vê sua única ponta de esperança nos dois melhores amigos, Yoongi e Namjoon. E os três garotos perdidos não precisavam de mais nada, além de uns aos outros. Ao menos, era no que eles ac...