Aline Novais
04:34am— Vai um Cafézinho? — Simaria pergunta, aceito com uma expressão cansada.
Fiquei responsável pela emergência novamente e não consegui parar para sentar um único minuto nas últimas três horas. Faço uma parada rápida na lanchonetes para poder tomar alguns gole de café e correr para a UTI.
— Aí está você! — Faço uma careta ao ouvir a voz de Jordan — Nem pense em fugir — E é isso mesmo que pretendo fazer
Bebo o Líquido do meu copo em três únicos goles, giro os calcanhares na sua direção forçando um sorriso.
— Eu preciso realmente ir para a UTI, tenho um paciênte... — me apresso, ele insiste em vir atrás e preciso xingá-lo em pensamentos já que não posso fazer isso pessoalmente — Preciso ir. — Me levanto praticante correndo para dentro do hospital, ouço seu xingamento de fundo mas não dou ouvidos, deveria ter xingado também, e lá se vai meus poucos minutos de descanso.
Pego o prontuário do Guilherme Santista na recepção e pego o elevador até a UTI, ja havia passado quatro horas desde a última atualização e eu preciso ver se ele ainda está respirando.
Engulo um seco ao entrar naquele setor ainda mais aquela hora, agradeço pelos policiais ainda estarem em frente a porta do paciente caso contrário eu entraria aqui arrastada.
— Bom dia. — Desejo com um pequeno e sutil sorriso aos oficiais, recebo um aceno de cabeça. Passo mais uma vez pela revista antes de entrar no quarto, para a minha felicidade Guilherme está hibernando e desse jeito seria bem mais fácil trabalhar.
Checo o monitor, sua frequência cardíaca esta normal assim como o resto do seus sinais vitais. Puxo o lençol para poder ter acesso ao dreno no seu peito, retiro a gaze junto do esparadrapo e a substituo por uma nova.
Prontinho, murmuro mentalmente. Retiro o dreno e o substituo por outro também. Ajeito sua roupa hospitalar e ajusto o lençol, preencho sua ficha médica novamente com as novas atualizações.
Suspiro ao girar os calcanhares e ir em direção a porta de saída, no momento que atravesso a porta ouço o som alto soar do aparelho, uno as sobrancelhas e me viro para olhar o monitor.
— Merda. — Grunhi ganhando a atenção dos policiais, corro para perto do paciente notando seus batimentos aumentarem. — Não...não. — Murmuro começando a massagear seu peito, faço pressão. Nada. Faço novamente. Nada. — Droga. — Aciono o cardiologista antes de pegar o vidrinho de remédio e puxar 300 miligramas de amiodarona.
— O que aconteceu? — O Interno entra no quarto as pressas.
— Fibrilação Atrial.— respondo — O coração está batendo muito rápido se não diminuírmos ele não vai aguentar — emito injetando o remédio na sua veia, nada dele reagir — Cadê o Turker? — Indago virando minha cabeça para olha-lo.
— Não está respondendo ao Bip, vamos tentar Cardioversão sincronizada, aplica cinco miligramas de morfina — Pede indo pegar o aparelho, concordo pegando o vidrinho de morfina e puxando com a seringa, injeto na veia como ele pediu enquanto o vejo se aproxima com o aparelho.
— Se afaste. — Ele manda, assim eu faço ouvindo o barulho do choque mas nada dos batimentos voltarem ao normal, ele olha para o painel antes de tentar novamente.
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