Chapter 18

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ATENÇÃO capítulo com música.

Eu escrevi uma cena escutando ela, e sem sombra de dúvidas dão uma intensidade maior aos detalhes.

Soooo please coloquem para ouvir.

Deem play só quando for pedido

bjs no core



Deserto da Patagônia, Argentina, Ano de 2017.

Jennie's Point Of View

Pular de paraquedas.

Aquela sensação de pura adrenalina. Em um segundo você está a salvo no avião e no outro você está nos ares, sentindo o vento forte contra seu corpo, contra sua pele,seus cabelos. Você precisa usar protetor para os olhos para que eles não sejam lesionados. Seu coração vai de 60 batimentos por minuto à 120 batidas e seu peito chega a doer de tanto que seu coração martela contra ele. Todos os músculos de seu corpo parecem acordar e uma enorme onda de eletricidade cruza todo o seu corpo. Você até tenta se concentrar na paisagem, mas a verdade é que na maior parte do, aproximadamente, um minuto e meio que você está em queda livre antes de seu paraquedas se abrir, você passa reparando nas reações que seu corpo sente.

Em uma queda livre de 250 a 300 Km/h você se sente livre, se sente como se pudesse fazer tudo. Todas as reações de seu corpo diminuem o ritmo assim que o paraquedas se abre. Você começa a sobrevoar tudo em uma velocidade bem menor e seus batimentos cardíacos começam a se normalizar. Bom, eu sinto como se cada vez que Lisa se aproximasse de mim eu pulasse de paraquedas, o paraquedas se abre quando ela se afasta e volto a enxergar com clareza.

O único problema de estar me apaixonando por ela é, eu não tenho certeza se meu paraquedas irá se abrir.

Talvez ele não se abra e talvez, só talvez, eu morra na queda.

"Ainda babando por ela?" Escutei a voz de Irene e virei minha cabeça para ela. Ela estava com duas xícaras de café em suas mãos e estendeu uma delas para mim. Aceitei e agradeci.

A noite era muito mais fria por aqui. Lisa, Rosé e Jisoo estavam rindo de algo. Elas estavam próximas a nave da extraterrestre e eu estava no trailer, a admirando de longe, tentando gravar cada mínimo detalhe dela. A forma como ela olhava para a lanterna de 1 em 1 minuto cada vez que ria, a forma como ela se encolhia quando o vento gelado esbarrava em seu corpo e bagunçava a sua franja, o jeito como ela me olhava e me mandava uma piscadela antes de sorrir e voltar sua atenção ao assunto.

"Amanhã à essa hora ela estará partindo." Falei, soprando logo em seguida o vapor do líquido antes de provar de seu gosto ligeiramente amargo.

"Exatamente." Falou exalando o ar de seus pulmões.

"Espero que ela seja feliz por lá." Falei tristemente.

"E tenho certeza de que ela espera o mesmo para você." Falou e assenti. Deixei um longo suspiro sair.

"Nós nos beijamos." Confessei em voz baixa, sem ter coragem de olhar para Irene.

"Vocês o quê?" Perguntou com um tom surpreso.

"Nos beijamos. E foi tão bom Irene." Falei me lembrando do momento. "Pelo menos eu pude beijá-la, pude matar essa vontade que me consumia."

"Hey garotas, juntem-se a nós." A voz de Rosé ecoou por todas as partes da imensidão vazia. Assenti e caminhei com Irene até as três garotas.

The Betelgeuse - Jenlisa VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora