Quando criança, as crueldades do mundo obrigaram Jungkook a passar meses trancado em sua casa. Graças ao Transtorno do Pensamento Obsessivo Compulsivo, Jimin as vezes jura que está ficando louco.
A partir do momento em que os garotos se esbarram nu...
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#ManifestoDaTrupe
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Pisco os olhos devagar antes de perceber as cócegas sobre meu cabelo. Estranho a sensação de dedos se afundando ali, puxando alguns fios pra trás, repetindo o mesmo movimento vez atrás de vez enquanto eu me aninho confortavelmente. Encosto a bochecha sobre algum ombro e suspiro pesado, fechando os olhos novamente e aproveitando do carinho. A mão que acaricia é a extensão do braço em que me apoio e há um cheiro cítrico dançando em frente a minhas narinas. Meio bêbado de sono, eu resmungo baixinho pra molhar a boca e volto a respirar com calma. Tá confortável demais aqui...
— Shh — ouço alguém sussurrar, segurando minha nuca de forma delicada. Meu corpo tensiona e eu meus olhos abrem de supetão. Meu deus, onde é que eu tô?
A luz agride minha visão, turva, permeada por pontinhos azuis e roxos, naturais de quando acabamos de acordar. Pisco rapidamente, tentando dissipar o caos da minha vista e então começo a me mover, desesperado por perceber o que tá rolando e letárgico demais para saber como agir.
Levanto o rosto, sentindo meus olhos crescerem ao ver quem me sustenta num abraço. — Que foi? Pode dormir...
— JJK? — minha voz soa arranhada. Em reflexo, puxo meu corpo para longe e seu braço me solta.
— Oi, lindo — Jungkook, que via algo no celular, guardou o aparelho no bolso e olhou pra mim, sorrindo minuciosamente com o cantinho fino dos lábios. — Bom dia.
— Meu Deus — escorreguei a mão pelo rosto, sentindo que tinha esquecido meu juízo em casa. Porra, eu dormi?! — Que horas são?
— Nove e pouco — ele responde, ainda sorrindo pequeno. Cruzou os braços sobre o peito e encostou a cabeça na parede. — Você dormiu do nada. Eu chamei e você nem tchum.
Aperto a sobrancelha, desconfiado da situação e movo minha bunda para trás, procurando me afastar ainda mais. Tento ser sútil ao puxar meu corpo ao ficar cada vez mais distante dele. Estamos muito próximos. Perigosamente próximos.
— Você me dopou?
Os lábios de JJK subiram, exibindo os dentes alinhados num gargalhar divertido ao pegar um de meus pés e começar a amarrar os cadarços que estavam soltos e emaranhados. Me assusto com o contato repentino e levo um sobressalto.
— Isso, eu te dopei pra te deixar dormir por quarenta minutos esparramado sobre mim sem poder me mover — revirou os olhos, risonho. — Você é desconfiado, né? — seus olhos estavam um pouco avermelhados. O cheiro de maconha começa a se dispersar pelo ar, mas eu sou rápido em reconhecer o odor forte da erva.