•CAPITULO 11•

793 70 4
                                    

Nunca imaginou que algo desse tipo pudesse lhe acontecer, também quem ia imaginar que um dia receberia a chamada da director a da escolinha da sua filha lhe informando que a sua filha passou mal e saiu sangue pelo nariz, sendo que saiu de casa e estava saudável, verdade seja dita, ninguém.

Crystal estava sentada do lado da cama onde Brigitte se encontrava ligada a tubos, respirando solenemente, pálida. Mandou Abigail e Tom pra casa, só deixou que ficassem os seguranças. O quarto lhe dava uma sensação bizarra de paz, talvez por ter sido num quarto de hospital onde Edward lhe fez a proposta que deu  rumo a sua vida e também onde conheceu Sally que se tornou alguem importante na vida dela. Como se tivesse invocado a amiga, Sally entrou no quarto - sem bater, porque afinal tratava se de Sally- como um furacão.

-É verdade?

Crystal olhou lhe por um tempo, pensou em ignora la, mas aquela era Sally, não desistiria

-O que? - perguntou mesmo que já imaginasse do que se tratava.

-Edward.... Abigail me contou que vocês não estão se falando e...

-Abigail fala coisas demais quando esta nervosa e não sabe o que fazer,  ela é a pessoa mais rígida e centrada que conheço, mas em situações críticas ela sai dos eixos, não de forma tão perceptível quanto Fresia, é claro.

-Mas deve ter alguma base, um fundo de verdade, visto que você nem negou.

-Edward precisa de espaço e tempo, é como ele lida com as coisas, e eu também. Por isso, por favor - disse indicando a porta com a mão.

Sally olhou para Crystal por um tempo, ela parecia fazer parte da "decoração" do hospital, vestida toda de branco e com o olhar sereno, faltava o cheiro, achou aquilo triste....

-Sabe seria bom se Brigitte acordasse e visse um pouco de cor - disse se dirigindo a porta, estava quase saindo do quarto com a porta entreaberta na mão quando virou e disse: tire a peruca.

Crystal ficou olhando para o espaço vazio na porta, onde Sally estava antes, passou a mão na peruca, olhou em volta e arrancou-a. Pegou no seu telefone, selecionou o contato que queria e ligou.

~~~~~~ ~~~~~ ~~~~~~ ~~~~~  ~~~~~~

-Fico feliz que tenha me ligado, Edward nunca nos contaria o que está acontecendo, talvez contasse depois mas agora... -abanou a cabeça.

-Eu sei. Obrigada por ter trago o que eu pedi tão depressa. Aconteceu tudo tão rápido, estou num estado de torpor constante que nem havia pensado em nada disso, Sally é que me fez perceber que a falta de cor e alegria poderia afetar a Brigitte. - disse apontando ao redor do quarto recém decorado com flores de várias cores.

-Está tudo bem, eu entendo, também sou mãe. Edward sempre foi difícil não é algo que surgiu com a idade - disse Sófia olhando para Crystal e depois para Brigitte - E sobre Sally, você soube escolher uma boa madrinha para a sua filha, é por isso que as crianças precisam de uma madrinha, as vezes os pais ficam tão assustados que encontram se envolvidos em um torpor e não são capazes de ajudar mais do que de atrapalhar.

Naquele momento a porta do quarto abriu se e entrou Edward com Sally atrás o empurrando.

-Mãe? O que faz aqui?

-Eu lhe chamei.

-Sabe Edward, eu posso ajudar sou sua mãe, avó de sua filha. Se não puder cura lá poderei apoiá los em qualquer situação.

-Eu sei mãe. - Edward aproximou se abraçou a mãe e deu a mão a Crystal que segurou forte.

-Bom, agora eu vou ver se Yula já tem os resul...

-Não precisa - disse Yula interrompendo Sally, com uma prancheta em mãos - tenho eles aqui.

Vivendo O PresenteOnde histórias criam vida. Descubra agora