Psicologia reversa é o nome de uma técnica de persuasão, onde o objetivo pretendido é apresentado de modo contrário ao que realmente se deseja. Minhyuk não hesita em pedir ajuda de Jooheon, seu melhor amigo, pra testar o mito de que, quando não se e...
eu to postando mais cedo pelos motivos óbvios de que eu to surtando e amanhã eu já vou estar me organizando pra sair pro show entãaaaao cá está o cap pra vcs
BORA
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O clima tinha esfriado gradativamente durante aquele dia. Não acho que eu teria percebido, de qualquer maneira, porque a casa estava quentinha - assim como os beijos de Jooheon não me permitiram sentir nada além de calor.
Apenas durante a madrugada o peso da frente fria me pegou, mas só percebi que o clima gelado não chegou sozinho quando ouvi a porta do meu quarto se abrir. Junto do frio, também caía uma chuva forte, fazendo Jooheon entrar abraçado ao travesseiro como um garotinho assustado.
— Hyung...
Não precisei ouvir mais nada para abrir os dois braços e recebê-lo. Jooheon odiava tempestades, morria de medo delas. Quando éramos mais novos, ele costumava me mandar mensagens escondido debaixo das cobertas e conversávamos sem parar até que ele pudesse cair no sono.
"Sua voz me acalma", ele dizia. Então nossa conversa não passava de um monólogo onde eu tentava distraí-lo até que a chuva passasse ou a exaustão fosse maior do que o medo. Se por acaso estivéssemos passando a noite na casa um do outro, então juntávamos nossos colchões e a distração se tornava ainda mais eficaz, porque eu era um bom hyung e Jooheon era o meu donsaeng de quem eu sempre cuidaria.
Inclusive agora, enquanto ele entrava no quarto ainda parecendo aquele mesmo menino medroso, tudo que eu fiz foi aconchegá-lo nos meus braços enquanto ele tentava esconder o rosto contra o meu peito. Assim qualquer som vindo de fora não seria ouvido e ele poderia dormir.
O ato de acolhê-lo foi praticamente reflexivo e eu ainda me sentia sonolento demais para sequer perceber qualquer mudança conscientemente. Naquela linha tênue entre estar dormindo ou acordado, eu senti a respiração pesada contra uma parte descoberta do meu colo e os lábios úmidos acariciando a região levemente. A sensação era boa, acolhedora e carinhosa e foi instintivo que eu tenha apertado mais Jooheon em meus braços.
Uma de suas pernas se encaixou entre as minhas, fazendo com que ficássemos ainda mais próximos. Não sabia dizer se Jooheon ainda ouvia a chuva, mas eu não era capaz de escutar mais nada fora daquele quarto.
— Você está dormindo? - perguntou aos sussurros.
— Estou - respondi, ainda de olhos fechados.
Se eu bem o conhecia, ele devia querer iniciar alguma conversa, mas minha mente não funcionava muito bem.
