Capítulo 21

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N/A: eu nem demorei dessa vez, vai. e se demorei, a culpa é do bloqueio criativo que me faz demorar dias para escrever um capítulo. ou minha, pq eu fico fazendo várias coisas durante as férias e me esqueço de atualizar. 

mas hoje eu me motivei, falei que não iria parar até terminar o capítulo, e consegui. cap novo tá aí, enorme e cheio de emoções (boas ou ruins? leiam pra descobrir).

sem mais enrolações, bora pro cap.

p.s: vcs acreditam que eu tive a capacidade de confundir o dia da volta as aulas?  eu jurava que era terça, mas minha amiga me mandou mensagem avisando que é amanhã. foi uma correria só pra me reprogramar e deixar tudo pronto pra amanhã. não sejam como eu, confiram bem certinho o dia de volta as aulas e tenham uma agenda para anotar isso. 

--💙--

Gabriel Jesus

Fiquei no hospital com parte do grupo enquanto o resto ia na delegacia fazer as denúncias, espero que o plano deles dê certo.

Durante esse tempo, pedi a todo médico que passava notícias sobre Firmino, mas a resposta era sempre a mesma: "ele tem poucas chances de sobrevivência, é melhor irem se acostumando que ele não vai melhorar". Eu me recusava a acreditar nessas falas, tinha esperanças de que ele melhoraria, que ele voltaria para mim. 

Firmino ainda não pode receber visitas, e isso está me enlouquecendo.  Vi o médico que fez a cirurgia se aproximando, e vou até ele. Porém, antes que eu possa falar algo, ele adverte.

- Sr. Gabriel, é a terceira vez em menos de duas horas que vem me perguntar sobre o paciente. O quadro clínico dele continua o mesmo, não há o que eu possa fazer para mudar.

- É, eu sei. Mas não é sobre isso que eu vim falar. Eu... - sou interrompido.

- Ele também não pode receber visitas. - minhas esperanças de vê-lo diminuem.

- Por favor, eu preciso ver ele. Eu preciso saber como ele realmente está, e só o que os médicos me falam não é suficiente. 

- Eu entendo, mas não será possível. Faz pouco tempo que ele fez a cirurgia, necessita de repouso completo por pelo menos dois dias. 

- Eu não vou aguentar tanto tempo sem ver ele. Me deixa ver o Firmino, só por uns minutinhos. Eu prometo que não conto pra ninguém sobre a visita. - junto as mãos em súplica.

- A resposta é não, sr. Gabriel. Lamento, mas terá que esperar para ver o paciente. - penso em algum jeito de conseguir ver Firmino.

- Tudo bem, mas aposto que o diretor do hospital vai adorar saber que liberou um paciente sem alta, e que deveria ser mantido em observação por um dia. - ele arregala os olhos ao me ouvir.

- N-não sei d-do que está falando. - se vira para sair.

- Sabe sim, eu tô falando do Philippe Coutinho, que deu entrada no hospital essa madrugada e foi liberado para sair pela manhã, sem alta e não cumprindo a ordem de mantê-lo em observação até amanhã. - ele me olha alarmado. - Se não me deixar ver o Firmino, eu conto tudo para a direção do hospital. E eu tenho muitas testemunhas ao meu favor. - ele dá meia volta enquanto respira fundo.

- Eu ainda vou me arrepender de deixar vocês fazerem isso. - nega com a cabeça enquanto me leva ao quarto onde Firmino está internado.

- Fica tranquilo, não vai não. Prometo que não vou demorar. - digo adentrando a sala.

- É bom, porque tem no máximo, 10 minutos. - ele sai e fecha a porta.

Direciono meu olhar para onde Firmino está, e a cena me destrói: ele está sendo mantido por aparelhos, com máscara de oxigênio e sonda para alimentação. Me sinto ainda pior ao lembrar que ele está nessa situação por minha culpa. 

Entre Perdas e Ganhos - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora