Capítulo 6-Coriane.

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Quando chegamos no Iate vejo meu pai cumprimentando Evangeline e Elane, mães de Bash e Élia. Minha amiga e meu namorado vão direto para a ponta do iate onde fica nosso lugar preferido. Me aproximo do meu pai quando ele me chama. Paro em frente das duas mulheres mais poderosas que já conheci, depois da minha mãe é claro. Faço uma breve reverência, mais em sinal de respeito do que por obrigação.

- Lady Samos, Lady Haven, é um prazer revê-las. -Falo enquanto meu pai coloca o seu braço esquerdo ao redor dos meus ombros e beija o topo da minha cabeça.

- O prazer é nosso Ane, ou devo chamá-la de Coriane? Ou majestade? -Elane diz, ela sempre teve um dom de cortar qualquer confiança com algumas mínimas palavras, mas infelizmente pra ela, sei como lidar com esse tipo de gente.

- Por enquanto somente Ane basta, mas vou lhe dar um conselho Lady Haven, eu se fosse você teria um pouco mais de respeito pela sua futura rainha, que devo lembrá-la, será daqui a exatos três dias. -Digo olhando friamente para seus olhos verdes e sem ao menos piscar. Evangeline e meu pai começam a rir.

-É Elane, tome cuidado, Coriane sabe se defender. -Meu pai diz com um tom orgulhoso, não preciso olhá-lo pra saber que está sorrindo de orelha a orelha, ele gosta quando começo a agir como alguém da realeza de Norta. Evangeline para de rir e me olha dos pés à cabeça como se lembrasse de algo.

- Gosto dela, me lembra Mare e eu mais nova. Uma mistura explosiva Ane, mas que certamente é a melhor de todas. -Ela diz com um ar superior. Fico pasma quando ela fala que sou uma mistura dela e da minha mãe, as duas mulheres mais fortes e mais poderosas de toda Norta, a única mulher que pode se comparar é Íris Cygnet. Papai olha pra mim como se tivesse acabado de perceber uma coisa que estava bem na sua frente. Ele me solta e me vira de frente para ele.

- Nunca pensei que fosse dizer isso, mas você tem razão Evangeline. -Meu pai diz com a maior cara de chocado, enquanto eu me sinto orgulhosa pelo meu lado rainha parecer com as duas mulheres que eu mais admiro. Dou um largo sorriso, o verdadeiro em semanas.

-Se me dão licença, preciso ir encontrar Sebastian e Élia. -Elane e Evangeline fazem uma reverência pra mim, afinal sou uma princesa. E meu pai somente acena com a cabeça. Dou um beijo na bochecha do meu pai e saio.

-Demorou, ein! -Élia diz me puxando pra ficar no meio dos dois olhando o rio capital. Quando eles percebem que estou sorrindo mais que o normal me olham estranho e começa a chuva de perguntas, começo a rir ainda mais.

-Que foi gente? Eu não posso só estar feliz? -Eu olho pra um de cada vez.

- Claro que pode Ane, mas você nunca sorri tanto assim! -Bash responde enquanto coloca as costas da sua mão na minha testa.

-Não, ela não está com febre. -Começo a rir diante da situação.

-Ane, você tá bem? Geralmente uma conversa com nossas mães fazem você querer chorar, e não sorrir! O que aconteceu?! -Nossa eles realmente estão preocupados. Será que pensam que eu estou drogada? Sorrio ainda mais com o pensamento, vou falar pra eles o que acontece.

- Tá bom gente. Eu tô bem, só fiquei feliz, por que Evangeline disse que lembro uma mistura dela e da minha mãe quando eram mais novas. É por isso que estou feliz. -Os dois estão com cara de chocados.

-Tudo bem, eu sei, chocante. Por isso estou feliz, sou parecida com as duas mulheres mais fortes que conheço. -Eles não falam nada, provavelmente sem palavras.

-Tá bom, agora já deu. Vou sentar e terminar meu livro sobre Lakeland. -Dou um beijo na bochecha de Bash e um abraço em Élia, eles ficaram lá conversando enquanto eu me sentei na ponta do Iate e comecei a ler meu livro. Olho pra água por um instante, não sei por que mas sinto uma imensa vontade toca-la, olho para os lados pra ter certeza que ninguém está vendo, e me estico sobre o iate me segurando na grade de segurança enquanto a água do rio capital corre sobre meus dedos, ela soba pelo meu braço me fazendo ter sensações maravilhosas. Começo a sorrir descontroladamente. Até que escuto alguém se aproximando e rapidamente retiro minha mão do rio e me ajeito.

Chegamos no Palacete por volta do meio dia. Eu disse que estava muito cansada então iria direto pro meu quarto. Eu realmente estava exausta e não tinha vontade de comer nada. Assim que chego no quarto, no último andar do Palacete do Sol, corro pra minha cama de casal e me jogo nela, olhando pro teto que tem o símbolo da guarda escarlate no teto, dou uma breve olhada no quarto parece muito com o meu quarto em Archeon. Me levanto e tiro minha bolsa que coloco na escrivaninha. Tiro meu casaco e faço o mesmo. Me deito na cama e instantaneamente durmo. Acordo e são seis horas da noite, quando abro meus olhos por completo vejo que alguém trouxe minha mala. Me levanto e tranco a porta do meu quarto, me dispo e tomo um banho por completo, saio do banheiro com os cabelos pingando, coloco minha mala em cima da cama e pego uma calça legging preta e um top da mesma cor, coloco um tênis preto e seco meu cabelo com um secador. Depois de seco amarro meu cabelo em um rabo alto e desço vou direto pra sala de treinamento. Quando chego lá vejo Bash e Élia treinando.

-A bela adormecida acordou! -Élia diz me encarando com um sorriso. Bash só me olha com um sorriso carinhoso no rosto.

-Preciso de um parceiro de treino, alguém se disponibiliza? -Digo levantando as mãos, em sinal de que posso vencer qualquer um dos dois. Eles começam a rir e Élia levanta a mão. Ficamos em posição de combate e Bash se afasta.

-Não preciso que pegue leve comigo só por que não tenho poderes. -Dou um sorriso desafiador e minha amiga retribui com um aceno. Começamos a luta ela começa lançando pequenas farpas de metal na minha direção que desvio com facilidade. Coloco a mão na minha coxa pra ter certeza que minha arma ainda está aqui. Minha amiga percebe que não vai adiantar de nada continuar com as farpas e passa para o combate corpo-a-corpo, péssima ideia Élia, corremos em direção pra outra, ela pula pensando que vai me acertar mas eu rapidamente deslizo por baixo dela que quando cai no chão de joelhos e de costa pra mim me levanto e tiro minha arma da minha coxa e aponto pra cabeça dela. Posso ver que ela tenta prolongar a luta tentando desfazer a arma e as balas com seu poder. Começo a rir da sua tentativa.

-Desculpe Élia, arma de plástico e balas de vidro blindado. -Minha amiga sorri.

-Como sempre com uma carta na manga, né Ane? -nos duas rimos. Depois treinamos

mais um pouco e eu fui pro meu quarto, tomei banheiro e me deitei na cama. Não tinha comido nada naquele dia, exceto um croissant de chocolate com capuccino no iate, mas estava sem fome. Coloquei meu pijama e dormi, pela primeira vez em muitos dias, dormi bem.

A Próxima Rainha Vermelha (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora