Um Francês Em Minha Vida. Spin-off de Mais Uma Chance Para Amar

Capítulo 2

                               Louie

Quando conheci Clara há cinco anos eu nunca imaginei que fosse me envolver outra vez com uma mulher, por mais que não tivéssemos nada que envolvesse romances era apenas sexo casual mesmo, eu não consigo acreditar em relacionamento sério, minha mente não consegue mais acreditar. Quando saí da França decidido a esquecer de Amelie nunca imaginei que fosse desta forma me relacionando apenas sexualmente com alguém, no começo eu via Clara como uma amiga ela me cativou desde a primeira vez que nos vimos ela é alegre e sabe nos deixar a vontade nunca passou pela minha cabeça que um dia fossemos nos ver como dois estranhos, durante os cinco anos que nos envolvemos sexualmente ela nunca deixou transparecer que queria algo a mais, se eu tivesse percebido já teria acabado a muito tempo, minha intenção nunca foi magoa-la. Mas pela forma como acabou percebi que ela já tinha desenvolvido algum sentimento por mim e isso me deixou muito preocupado, Clara não merece sofrer por mim. Aliás  ninguém merece sofrer por amor.

— Louie, estou falando com você. — Dorothy tocou meu ombro para chamar minha atenção, mas desde que Clara decidiu parar com tudo eu não estou sabendo lidar, eu adoro a Clara, gosto da sua companhia do seu cheiro, mas não posso dar a ela o que ela quer. E o melhor para nós dois é a distância mesmo. 

— Desculpa mon amour eu não ouvi o que você disse.  Ela me olhou desconfiada.

— Você e Clara estão estranho hoje, acabei de passar por ela e ela não escutou quando dei bom dia. —aconteceu alguma coisa? Dorothy sabia da nossa quase relação e sempre dizia que não daria certo, não do jeito que estávamos levando. Ela tinha razão.

— Nada de mais minha querida. Beijei seu rosto e fui para minha aula já estava um pouco atrasado, ela me observava e eu fingia que não percebia.

— Louie meu amigo porque não se abre comigo? — Dorothy me seguiu em meio ao corredor.

— Mas mon amour não tem nada para dizer fique tranquila está tudo bem. Sorri para ela perceber que realmente eu estava bem. Mas não estava,  eu estava me sentindo solitário.

— Lembra quando me disse que eu precisava me libertar da escuridão que eu estava vivendo? Balancei a cabeça em concordância.

— Hoje eu digo a mesma coisa pra você. Se liberte meu amigo, se não for com Clara que seja com outra mulher, mas você precisa parar de mascarar seus sentimentos, isso não está lhe fazendo bem, só está deixando você estranho, seu comportamento não é mais o mesmo, eu vejo o quanto você anda nervoso ansioso semana retrasada desmarcou duas aulas, você é um excelente profissional, só não deixe esse medo de confiar em alguém novamente lhe dominar. Ou que prejudique seu trabalho.

— Mas mon amour, eu confio em você.

— Você sabe que não é disso que estamos falando, eu amo muito você e só quero que seja feliz. — deu-me um beijo na minha bochecha e saiu caminhando para sua sala.

Cumprimentei meus alunos e todos me responderam com muita alegria, nessa hora eu esqueço tudo e me envolvo de corpo e alma com a música.

— Bonjour. — disse ao entrar na sala, hoje era aula de violino um dos meus instrumentos favoritos, e as crianças amavam. Uma pena que não tem o instrumento para todas elas, mas com certeza vamos achar alguém com o coração enorme para ajudar oprojeto.

— Vamos começar? Todos ensaiaram direito? — sim tio Louie, eles gritam.

“Olha que coisa mais linda mais cheia de graça”.....

Todos concentrados tocando perfeitamente. Meu coração se aquece essa sem dúvidas é uma das melhores coisas que ainda me deixa completamente feliz.  Sou apaixonado por músicas, apaixonado pelo som de cada instrumento. É uma coisa que carrego na minha alma.
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Depois de dar a minha última aula para os adultos pego minha pasta e saio para ir embora, estou caminhando no corredor quando vejo Clara desligando seu computador e pegando sua bolsa no armário. Fico observando seus movimentos enquanto tira uma mecha de cabelos dos olhos, fica tão linda fazendo isso. Suspiro e sigo mais para perto dela que sente minha presença e se vira me encarando.

— Olá mon petit, tudo bem? Sorri para ela. Eu só queria que as coisas voltasse a ser como antes.

— Tudo bem, posso te pedir uma coisa, Louie? Disse meio sem jeito.

— Com certeza, tudo o que você quiser. Eu já estava imaginando que ela ia me pedir para ir até sua casa  para voltar a manter nosso caso como era antes, senti até um formigamento na virilha.

— Não me chame de mon petit, ou mon amour, por favor, me chame apenas de Clara. — senti mágoa em sua voz, eu a tinha ferido e não era pouco. E me senti muito triste por isso, era a única mulher que não queria magoar com as minhas merdas.

— Clara, o que houve? Eu sempre te chamei assim e, você nunca reclamou.

— Pois é Louie, esse foi o meu erro, eu nunca reclamei de nada. — pegou sua bolsa e saiu me deixando arrasado.

— Clara espere. — apressei meus passos para conseguir chegar antes que ela entrasse em seu carro.

— Eu estou preocupada mon... Clara com você precisamos conversar a respeito. — ela se virou e me encarou com os braços cruzados.

— Nunca conversamos na verdade, porque teria que ser agora? Encontrávamos-nos apenas para transar, matar nossos desejos e pronto, não se preocupe comigo, eu estou bem de verdade. Entrou no carro e me deixou sozinho. E nesse dia eu tive certeza que eu estraguei as coisas com Clara.

Eu queria socar minha própria cara, eu fui um verdadeiro filho da puta com ela então mereço tudo que estou sentindo agora.  Entrei no meu carro dei partida tinha que beber alguma coisa bem forte para acabar com essa raiva e dor que eu estava sentindo. Minha mente dizia que isso era apenas o começo e, que eu estava literalmente fodido.

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Olá meninas que leem o que eu escrevo.  Como estão? Espero que gostem do capítulo,  não odeiam o Louie ele está perdidinho em relação aos seus sentimentos pela Clara . Deixem seus comentário. Bjos!!!!