Capítulo 16- Gafish é real

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Oiii leitorxs,voltei com mais um capítulo.Enquanto ainda recebemos tombos e nenhuma interação gafish e sim,muita radiação,o que nos resta é sofrer,opa,fanficar. É,"a gente só se tem"real.Espero que gostem!😘😘

Pov Carol

Eu não estava entendendo porque Gabi tinha me levado para almoçar em um dos restaurantes mais renomados de Salvador, porque embora eu quisesse que nosso dia fosse mais do que especial,almoçar tendo a vista da Baía de Todos os Santos e ainda com a companhia de Gabriela estava além dos meus planos.
Fizemos nossos pedidos e ficamos conversando aleatoriedades e programando o que faríamos no resto do dia e para minha surpresa novamente,ela já havia programado tudo e o detalhe:Eu não podia saber.
Em cerca de quarenta minutos nossos pratos vieram e estava tudo delicioso.

- Carol,eu dei uma olhada no cardápio e as sobremesas são incríveis,mas nossa sobremesa faz parte do nosso segundo destino.

Confesso que eu não estava entendendo nada,mas aceitei ser turista por um dia,ainda mais com uma guia dessas.
Terminamos nosso almoço e fomos ao segundo destino.Iríamos para a Sorveteria da Ribeira,uma sorveteria tradicional da cidade,que tem mais de sessenta sabores,fazia bastante tempo que eu não ia lá,mas gostava muito dos sorvetes deles e gostei ainda mais de saber que Gabi tinha dado uma pesquisada legal.

Pov Gabi

A gente tinha acabado de chegar na Sorveteria da Ribeira.Eu nem sabia se Carolina gostava dos sorvetes de lá,mas eles tinham uma fama tão boa que imaginei que ela gostasse, são mais de sessenta sabores,ela provavelmente gostará de um,não é possível.
E graças a Deus que ela gostava dos sorvetes de lá e adorou minha escolha de local.Eu ia pedir o tradicional de chocolate,mas ela me convenceu a pedir um de Biribiri para que eu conhecesse,pois me garantiu que era muito bom e caso eu não gostasse,poderia ficar com o dela de tapioca.Biri-biri era completamente desconhecido para mim,também chamado de limão-de-caiena fazia parte da culinária baiana e de fato,o sorvete era muito gostoso.
Terminamos nossos sorvetes e partimos para o próximo destino.Eu havia pensando em irmos assistir algum filme no cinema do Museu Geológico da Bahia,embora clichê,um cineminha com a pessoa que você gosta sempre caía bem,ainda mais porque eu ainda estaria,de certa forma,"""militando""" pois estaria valorizando o cinema nacional.
Mais um ponto,Carol havia adorado a ideia,até porque ela nunca tinha ido lá e sempre teve vontade.
Assistimos ao filme,que por sinal,foi maravilhoso.Já estava no fim de tarde e o pôr do sol seria às 17:27(sim,eu fui extremamente metódica,porque queria de todo meu coração que tudo saísse perfeito e me desculpar devidamente da Peixa,afinal,a última vez em Salvador com Carolina nao tinha saído como planejado).Portanto,a gente tinha pouco tempo para conseguir apreciar o pôr do Sol,ali perto havia duas opções:assistir no Porto da Barra ou no Solar do Unhão.Escolhi a mais próxima,a segunda opção e teoricamente,menos clichê.

Pov Carol
Gabi havia planejado tudo metodicamente e estava saindo melhor do que eu havia pensando para aquele dia.Assistimos um por do sol lindo no Solar do Unhão e enquanto eu via o sol beijar o mar e apreciava aquela energia solar,Gabi começou:
-Peixinho,nosso passeio ainda não acabou e por mim está longe de acabar,mas eu queria,antes de tudo,te pedir desculpa,mas te pedir desculpa por tudo,sabe?
-Gabi-eu a interrompi
- Não,Carol.Deixa eu terminar e aí você pode falar o que você quiser.Eu quero me desculpar por desde o fim do programa ter sido uma babaca com você,por ter me afastado como se a gente nunca tivesse vivido o que vivemos,e talvez até fosse melhor se a gente nem tivesse vivido,porque nós duas,nem os fãs também sofreriam tanto.Quero te pedir desculpa por ter feito você esperar que a gente fosse ter uma amizade aqui fora.Quero te pedir desculpa por quando a gente pôde conversar de fato eu ter me tornado noiva.Quero te pedir desculpa também por tudo que eu te fiz passar lá na casa,o monstro,o voto,mas aquilo era um jogo.Mas te peço desculpa por nesse jogo do amor eu não saber jogar da maneira certa,se é que tem uma maneira certa né?Me desculpa,Carol.Por tudo.Por favor.
Ouvindo aquele discurso todo passou vários momentos pela minha mente e de fato,Gabriela havia feito várias coisas que me magoada profundamente.Eu como boa ariana que sou,ainda mais baiana arretada,fingia que tava tudo bem e que certas atitudes não me afetava,quando por dentro eu estava chorando e morrendo de dor.Lembrei de todos os momentos,de quando acreditei que a gente conseguiria ser feliz,ou ao menos tentar,juntas e ela ficou noiva e me deixou sem respostas.E me deixou.Lembrei de quando nos encontramos em Barra Grande e nossa conversa,lembrei de tudo,lembrei até de quem não queria lembrar :Alan.Mas foi bom ter lembrado dele,afinal,ele me trouxe vários aprendizados,principalmente,a não me envolver mais com homens estúpidos e a escutar mais as pessoas que querem meu bem,que sempre me alertaram que ele não era a pessoa ideal para mim.
E por tudo o que veio à minha mente e sobretudo,por ter uma ligação surreal,inexplicável,acho que até mesmo de outras vidas,eu a perdoei.

- É claro que eu te perdoo,meu amor.
Demos aquele nosso abraço tão bom,aconchegante e casa,abraço casa.
Terminamos de contemplar aquele presente de Deus e Gabi disse o último destino,ou não,daquele dia,ou melhor,daquele começo de noite.
A gente iria jantar em um restaurante também muito conhecido na cidade e que embora fosse no Rio Vermelho,pertinho de casa,eu nunca tinha ido.E realmente,eu estava como turista,pois fui em vários locais pela primeira vez.

Pov Gabi

Nosso jantar foi maravilhoso,a vista pro mar era de surpreender,mas incomparável à vista daquela mulher bronzeada,que voltava do banheiro com um sorriso gigantesco,era quase um sonho imaginar que depois de tantos desentendimentos e desencontros,eu estaria ali jantando com ela,o amor da minha vida.

- Gabi,muito obrigada por esse dia incrível,nega.Foi tudo perfeito.
- Vai ser mais,Peixa.
De certo que da última vez que tivemos diálogo parecido não foi nada perfeito e nem nada massa para nós duas,para gafish,digamos.Mas dessa vez não,dessa vez seria incrivel,perfeito e massa.
Ficamos conversando aleatoriedades,falamos da vida,do momento.Tomamos mais doses de vinho,brindamos,conversamos,rimos e falamos sério também.

- Gabi,o que que a gente tem?
- Como assim,Carol?
-Isso,o que é isso?
-Oxeee-ela riu da imitação do sotaque-é um jantar
-Engraçadinha você.Mas,falando sério,o que a gente tem?

Eu não sei se saberia responder aquela pergunta,porque eu não sabia o que a gente tinha.E para falar a verdade eu pensei muito muito sobre o que eu tinha com Carol,o efeito que ela tinha sobre mim.Lembrei da primeira impressão que tive dela,lembrei das festas e o gay panic que eu sempre sentia,lembrei do nosso afeto de sempre,lembrei do que ela me lembrava:sol,lembrei de tudo ainda quando eu estava com a Low,dentro da casa mesmo,aqui solteira e não encontrei resposta.
Não encontrei resposta para o que sentia por Carolina,tentei justificar como" surto coletivo ","realidade paralela",mas não,o que senti foi real,não foi carência essa era a única certeza que eu tinha,além do fato de que nossa ligação era surreal e que eu nunca tinha sentido nada parecido por alguém.
Talvez por isso de nunca ter sentido algo tão forte por alguém,até mesmo pela Maria Laura que estava comigo há mais de anos eu tive medo,eu tive medo de me envolver com alguém que conheci há pouco tempo,mas de fato,intimidade e conexão não tem a ver com tempo e sim,com energia.
E a energia dela combinava com a minha.

- Carol,eu não sei,não da pra explicar.É algo muito forte que eu sinto por você e que me dá até medo porque é sinistro o quanto cabe aqui dentro.

Percebi que havia a deixado sem palavras,literalmente, e eu também estava muito envergonhada de ter dito isso,ainda mais porque Peixinho certamente não sentia na mesma proporção que eu.

- Gabi,eu te entendo.Porque eu sinto algo muito forte,tua energia se dá bem com a minha.TU,tu se dá bem comigo.E eu nunca senti algo igual,né?Tu é a primeira mulher que eu sinto isso,sabe?E eu sei que é incerto,mas eu tô disposta a me permitir,a me permitir ser feliz ao seu lado,se você ainda me quiser.

Eu só podia estar sonhando e a qualquer momento alguem ia me acordar.Mas não,aquilo era real,assim como o que sentíamos uma pela outra.Não foi surto coletivo dos fãs,não foi realidade paralela também.Era real.Gafish é real.

-Peixinho,claro que eu ainda te quero.Eu sempre te quis.

E então,sem se preocupar com nada,com fotos,vídeos,manchete sensacionalista em noticiário,Carolina veio e me beijou.Ela realmente estava a fim de se permitir,se permitir ao novo,se permitir ao amor.

-Gafish é real-eu disse
-Sempre foi,nega.

Akai ItoOnde histórias criam vida. Descubra agora