Capítulo 6

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Senti minha cabeça doer durante aquela aula parada de biologia, normalmente eu gostaria mas não estou bem para isso, apoiei minha cabeça no meu braço enquanto assistia aquela aula, como era a última pensei que estava tudo bem esperar até agora, mas agora me lembrei que vou a pé para casa, estou sem escolha agora.

- Ei, já acabou- Lana me cutucou.- Viajou?

- Estou meio cansada, mas acho que sim.

Me levantei com dificuldade e andei com Lana até a porta.

- Vai na frente, tenho que fazer um negócio com o professor de artes, acabei de lembrar.

- Você não lembra de nada também, mas te encontro em casa, se demorar.

-Ok, te vejo lá.

Lana acenou e foi embora, esperei até não encontra-la mais, andei meio desorientada até a saída, a luz do sol não me ajuda muito, fiquei com medo de fazerem algo com Lana.

- Tá indo aonde?

Me virei ainda tonta, forcei meus olhos até enxergar direito.

- Vai querer o que agora?

- Vou só conversar, relaxa.

- Eu vou quebrar a tua cara.

- Calma ai, não quero receber um chute de novo.

- Dessa vez eu vou fazer você vomitar seus órgãos, arrombado.

-Dá pra relaxar?- Ele me olhou desapontado.- Eu realmente só quero uma conversa civilizada.

Notei as garotas virem até nós.

- Agora eu entendi, tá me achando com cara de palhaça?

- Eu não.

Greta estava no meio, já sorrindo vitoriosa, senti vergonha por ela, sabe aquela vergonha alheia?

- Você vai levar uma surra.- ela pareceu rir forçado.

- Bom eu vou embora.- Já esperava isso dele.

No total, cinco garotas de porte médio, talvez no máximo 1,68, talvez, é bem engraçado.

- Está tentando me fazer rir?

- Cale a boca, vagabunda.

- Nossa que criativo, olha, eu nem conheço você mas já sei seus pontos fracos, já se doeu tanto por algo simples, que emocionada.

- Olha quem fala, tira essa fantasia então, se eu sou tão emocionada, pelo menos eu não uso fantasia pra esconder o medo de ser rejeitada por homens.

- O que?

- Mostre que você não é uma covarde.

Essa foi a coisa mais ridícula que eu ouvi hoje.

- Não.

- O que disse?

-Eu disse que não, não sei o que você quer com isso.

- Eu não estava perguntando, eu estava mandando.

Quando isso vai acabar?

- Eu não recebo ordens, principalmente de pessoas como você.

Vi seu rosto ficar vermelho de raiva, sua existência é ridícula.

-Você tá louca porra?!

Uma das garotas me empurrou para o chão, normalmente eu não admitiria isso, mas tento manter minha calma intacta.

- Não tá vendo seu lugar aqui? A gente manda em você

- A é? O que vai mandar eu fazer agora? Vou ter uma coleira? Um nome fofo?

O Preço da VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora