"Séries policiais"

4.8K 313 147
                                    

P.O.V Any

Depois de sair de perto menino dos olhos azuis meio desnorteada com o que tinha acabado de acontecer e sendo puxada pela sabina, encontrei as meninas e ficamos dançando por um tempo. Até que a bendita pergunta surgiu.

- E aí Any, já descobriu o nome do "olhos azuis"- Diarra pergunta e logo depois escuto minhas amigas fazendo gracinhas.

- Meu Deus, lá vem! Já descobri sim.

- E qual seria o nome do pretendente??- Hina pergunta com uma cara maliciosa.

- É-é..- Quando eu ia tentar responder, Bailey chega com Lamar me interrompendo.

- Josh Beauchamp. Ele vai fazer teste pro time de futebol, bom...foi o que o Noah disse.

- O garoto até tentou dizer que não, mas eu insistindo, mais o Urrea, ele cedeu. Espero que consiga. Estamos precisando de um apoio no time, já que o garanhão aqui só sabe olhar para as líderes de torcida- Lamar diz fazendo graça com o Bailey

- UIIII imagina as manchetes do jornal da escola, "Any Gabrielly, a garota mais popular da escola tem um romance com Josh Beauchamp, um jogador de time de futebol"- Sabina diz e logo arregalo os olhos.

- NÃO,c-claro que n-não, onde já se viu? Eu? a-paixonada? Pelo j-Josh? Vocês estão viajando- acabo dizendo um tanto quanto desesperada e todos acabam rindo.

- E quem falou em apaixonada aqui? Foi pega no pulo, nem disfarça mais- Diarra diz e eu fuzilo-a com o olhar.

- QUAL O ASSUNTO?- Joalin aparece dando um susto em todos

- A Any apaixonada pelo Josh, ele indo fazer teste pro time e o Bailey que não presta atenção no jogo porque só fica olhando as líderes de torcida.

- Ah, tá. - Joalin diz incomodada com a última parte - então quer dizer que a Any admitiu? Mais cedo do que eu esperava.

-AH, JÁ CHEGA, eu não estou apaixonada por ninguém e já está tarde! Vamos todo mundo embora. Lamar, você me deixa em casa! - Falo empurrando o Lamar para fora da casa- Tchauzinho losers, até amanhã....

P.O.V Josh

Algum tempo depois, chego em casa. Procuro minhas chaves em meus bolsos e agradeço por ter achado-as rapidamente.

Entro em casa e encontro apenas a luz do corredor acesa. Ao julgar pela cobrança da minha mãe em manter todas as luzes apagadas, aquilo não seria obra dela.

Estranho a situação e me mantenho em alerta. Encosto a porta central da casa com o pé, tentando não fazer muito barulho.

Confiro o primeiro andar da casa e estava tudo normal. Uma sensação de alívio percorre meu corpo e chego à conclusão de que devo parar de assistir tantas séries policiais.

Tranquilo, subo as escadas pensando que a luz acesa tenha sido apenas um descuido, mas minha opinião muda quando chego no andar de cima.

Vejo cada objeto da casa em um lugar diferente do habitual.

Tudo havia sido revirado, quebrado ou rasgado e ao invés do sentimento que me manteve em alerta há apenas alguns instantes, a sensação que percorreu cada centímetro do meu corpo, foi desespero.

Desespero... a palavra que nunca havia tido um significado tão amargurante para mim, e como reflexo disso, começo a gritar desesperado por meus pais, que não respondem.

Corro ao quarto dos mesmos e escancaro a porta. Meu pior erro. Não gostaria nunca de ter visto aquela cena. Encontro o corpo ainda quente dos dois sobre a cama.

Me ajoelho ao lado da cabeceira apenas chorando. Contudo, meu choro não pôde durar muito. Sou surpreendido por três homens fortes e claramente mais fortes que eu, entrando no quarto.

Lembro do momento em que gritei clamando por algum tipo de resposta por meus pais. Avisei-os que havia mais alguém na casa.

Eles caminham em minha direção e eu não tenho tempo de reagir. Começo a ser golpeado em diferentes pontos do meu corpo.

Após uma sequência de golpes, no momento em que ele iria dar o soco que provavelmente me mataria, um barulho ensurdecedor é ouvido por todos ali presentes.

Me levanto assustado.

Tudo não passou de um sonho? - Penso

Minhas mãos tremiam e gotas de suor escorriam pelo meu rosto.

Não me lembrava como havia chegado em casa. Mesmo não estando bêbado, o cansaço me venceu.

Assimilo a situação e vou direto ao banheiro. Retiro rapidamente minhas roupas e lanço meu corpo em direção ao chuveiro.

Tomo um longo banho, até me acalmar. Coloco a roupa que usaria no colégio, faço minhas higienes e saio de casa.

Não queria parar, porque se eu parasse de fazer qualquer coisa que tirasse o meu foco, aquele sonho voltaria.

Atravesso o grande portão da escola e esbarro em alguém.

- Ei Josh, podemos conversar sobre hoje? - Era Any

- Desculpa Any, mais tarde! - Saio rapidamente, deixando a brasileira com uma expressão confusa.

Eu não tinha como conversar com ninguém. Ao menos, não agora.

                       (Maratona 4/10)
——————————
Oii,

Fizemos um capítulo diferente para dar um susto em vocês!

Esperamos que tenham gostado!

Nos digam o que estão achando da maratona...

Votem, comentem e compartilhem

Bjss

O menino dos olhos azuis {Beauany}Onde histórias criam vida. Descubra agora