Cap. 4

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Lesa = floresta em russo.

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Não fazia ideia se alguém a estava seguindo, se ela estava mesmo correndo, mas continuou, até ouvir um barulho... Cavalos? E então um grito e BUM! Ela estava no chão, com a testa sangrando e um homem ruivo a ajudando se levantar.

-Ei! Você está bem? Ah, meu Deus! Sua testa está sangrando.

Ela olhou para os lados e ficou admirando a paisagem sem árvores.

-Quem é você? Qual seu nome? ... Ok! Eu me chamo...

-Não!

-Ah, então você fala.

-Nunca diga o seu nome.

-Por que?

-A floresta pode me encontrar.

-A floresta? -Ela confirma com a cabeça. -Está bem... Eu acho que alguma coisa aconteceu quando você bateu a cabeça.

-Não.

-É que você está falando da floresta e... Quer saber?! Esquece. Deixa eu ajudar você.

Ele tenta segurá-la, mas ela o empurra.

-Eu sou estou tentando ajudar.

-Não sei quem é você.

-Você não me deixou falar meu nome.

-Lesa.

-O que?

-Meu nome.

-Ah! Então eu não posso falar meu nome para você não me encontrar?

-O que?

-Eu não sei, você que disse.

-Não! Meu nome é Lesa. Lavínia Lesa Gussev.

-Ah, é claro. Nesse caso eu sou o Ricardo.

-Não diga o seu nome! -Ela diz alterada.

-Não se preocupe, não é meu nome real.

-O que?

-Eu sempre quis me chamar Ricardo quando criança e essa é uma boa oportunidade, já que você não me deixa falar o meu nome.

-Tudo bem.

-Agora eu posso ajudar você?

-Sim.

***

Ele dá um pouco d'água para ela.

-A cidade é diferente.

-Diferente de onde?

-Da floresta. Não tem árvores aqui.

-Isso é verdade. Nunca saiu da floresta?

-Não, todas as compras eram feitas por minhas irmãs. Como sou a bruxa escolhida, não podia sair.

-Ah! Bruxa?

-Sim.

-Ele ri. -Claro.

-O que foi?

-Você não é mesmo uma bruxa, certo?

-Eu sou sim.

-Ok. Eu vou... V-Vou ali.

-Espera!

-Ah, Deus.

-Eu não sou como as outras. Eu prometo para você. Por favor, confie em mim.

Ele a olha e percebe bondade nela.

-Eu não deveria, é estupidez, mas tudo bem, eu vou confiar em você.

-Ela sorri. -Obrigada.

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