Parte 1 - Séc. XVI - Cap. 1

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Obs.: todos os fatos citados à partir desse ponto não são reais. Eu não entendo nada de bruxaria e tudo o que está escrito nesse livro saiu da minha cachola.
Beijos e boa leitura!

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-Mamãe? -Uma pequena criança de cabelos negros chama por sua mãe.

-Sim?

-Por que temos que fazer isso?

-Porque é sua iniciação.

-E por que?

-Somos bruxas e bruxas são más.

-E não podemos ser boas?

-A mulher gorda de nariz arrebitado ri escandalosamente. -É como perguntar se vacas podem parar de dar leite. Somos bruxas e é isso o que somos.

-Mas...

-Neno. Vamos logo, precisamos começar a festa.

-Mas eu não quero ir.

-A bruxa mais velha abaixa perto da criança e diz com paciência. -Eu sei que não, mas você não quer ser punida ou quer?

-Neno. -Ela diz fazendo bico.

-Então vamos logo de uma vez.

A mulher leva uma bolsa grande em uma mão, enquanto puxa a criança com a outra mão.

A floresta era escura aquela hora e a pequena bruxinha tinha medo, mas não podia dizer, pois como dizia sua mãe: "não tem nada a temer."

-Venha para cá. -A bruxa velha chama pela menina.

Um altar estava armado para a iniciação da pequena bruxinha.

-Mamãe?

-Não é hora para isso.

-Eu preciso mesmo?

-Sim, você precisa.

Ela subiu no altar e sentou de pernas cruzadas, lendo o livro preto a sua frente.

-Acorde-me do escuro, para me conhecerem. Eu sempre estarei aqui e para enfim fortalecer-me.

Todas as luzes, lanternas e velas se apagaram.

Shiii.

A floresta sabia que precisava ficar em silêncio.

O poder da nova bruxinha era impressionante. Ela era a mais poderosa, desde a primeira bruxa que a floresta fez nascer.

Shiii.

A floresta sussurrava.

Os insetos não cantavam.

Todos precisam ouvir.

-Eu sou Lavínia Lesa Gussev e eu sou a bruxa escolhida.

A floresta vibrou. Ela amava ver uma nova filha nascer.

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