A Garota do Carro

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Oi mores, a história que escrevi não está fazendo sucesso (isso é eufemismo, tá flopada mesmo) então eu resolvi tentar adaptar esse livro do jogo choices, que já li faz um tempo e gostei muito, espero que gostem e boa leitura ❤️

-M.

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Camila abriu seus olhos que até então estavam fechados de medo. Ela olhou ao redor do carro, observando as ruas passarem em um borrão pela janela. Ela estava sentada no banco do passageiro de um Ford Mustang GT alaranjado cuja pintura era cortada ao meio por uma listra preta, como um verdadeiro carro de alguma corrida famosa.

Qual?

Nem ela saberia responder.

Através do ronco do motor potente, ela sentia seu coração bater tão rápido que era como se ela pudesse ouví-lo. Seu olhar se encontrou com o espelho retrovisor lateral e ela pôde ver o vislumbre do carro que estava no seu rastro: o da polícia.

“Eu mal me reconheço.” -- ela pensou enquanto fitava a si mesma através do mesmo espelho.

Saindo do transe, uma voz chama por seu nome.

- Camila! - ela se vira e encontra a pessoa que estava dirigindo o carro, junto com um par de olhos verdes presos nos seus. - Eu tenho que fazer uma coisa arriscada. - como se fosse possível, seu coração batia mais rápido ainda.

“Talvez tenha atingido cento e setenta batimentos por minuto, eu diria.”

- Você confia em mim? - a voz me perguntou e eu sacudi a cabeça, impedindo meus devaneios.

- Confiar em você? Eu nem mesmo te conheço!

O ponteiro do velocímetro ultrapassava os 100, se aproximando da velocidade de seus pensamentos, ao mesmo tempo que a motorista tirou a mão da marcha para segurar sua mão.

- É agora ou nunca, Camila. Você confia em mim?

- Eu... - a morena tenta responder, mas sua mente se mantia repetindo o mesmo pensamento:

“Definitivamente não era assim que eu esperava passar meu aniversário de dezoito anos.”

*Mais cedo naquele dia*

9:15, Camila desligava seu relógio despertador enquanto pulava para fora da cama. Ela fez sua higiene e separou uma muda de roupas, composta por uma camisa branca e uma saia preta acima do joelho. Nos pés calçou saltos baixos e apenas penteou os cabelos.

- Bom dia, papai! - ela desceu as escadas tomando cuidado para não tropeçar e foi abraçar o seu pai que estava na beira do fogão, preparando o café da manhã para ambos.

- Alguém acordou feliz. - ele riu e colocou waffles ao lado da torrada francesa disposta em cima de cada prato, que faziam companhia com um suco natural de laranja, e, no caso de Camila, um café preto forte.

- Nem acredito que estou quase me formando, estou com um sentimento de que meus dezoito anos serão épicos. - E eu não fazia ideia do quanto.

Papa Alejandro pegou um embrulho disposto atrás do micro ondas e se sentou atrás de seu prato, sorrindo para Camila.

- Para a aniversariante.

- Uau. Bom trabalho com o embrulho, papai.

- Assisti um tutorial no youtube. - o mais velho sussurrou como se fosse um segredo. - Todos os dias me sento aqui para tomar café com você e fico maravilhado por você ter se tornado uma mulher tão madura e responsável. - responsável? Isso estava prestes a mudar. - Sua mãe estaria muito orgulhosa. - a mãe de Camila havia morrido há alguns anos antes, em prol do câncer que ela tinha contraído no estômago. E desde então, ela tem se adaptado a viver somente com seu pai, e vice-versa.

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