Conseguimos escrever histórias alheias, mas quando tem que ser a nossa própria, aí dá um branco, como naquela prova de matemática que você tanto lutou para decorar e quando chega o momento de aplicar, parece que alguém jogou um balde de tinta branca nos neurônios.
A existência é algo engraçado, com todos dizendo o que se deve fazer para viver bem, em outras palavras: ganhe dinheiro. Se você já não o tiver. E se não, será infeliz. E tantas outras coisas que nos empurram goela abaixo.E falo isso por ser pressionada, constantemente pelas professoras que só pensam "no nosso bem", falo por que estou em um internato. Rodeada de regras que ecoam em todo o território do colégio, mas não ultrapassam os enormes muros que o cerca. Não tive a oportunidade de estudar em colégios normais, foram apenas como esse. Internatos já predestinados para que os filhos cresçam disciplinados. Coisa que não acontece na realidade. Enfim, chega de falar sobre isso.
Minha estatura mediana me ajuda a não ser rebaixada por outras meninas. Além do meu porte seguro, pelo menos é assim que a minha autoestima deduz. Me chame de Vic, tenho idade suficiente para saber de tudo e não saber de nada. E mais Blá blá blá sobre mim. Nada muito importante. Gosto desse ar de mistério, faz-me sentir dentro de uma trama cujos capítulos são construídos por algum fumante, que deixa as cinzas cintilar por entre as teclas de uma máquina de escrever, que já teve seus dias gloriosos.
Boa Leitura ♥️