Tudo parece se ir conforme continuam a queimar.

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A fogueira queima
Eu me desloco
Chego mais perto
Me vejo sem rumo.

Olho em frente
Estou rodeada de pessoas
Gosto da solidão em que me pus
Olho e olho novamente ao meu redor
Sozinha novamente, mas tenho tudo.

Sorrio, e ao mesmo tempo peço desculpa
Aqui nesse lugar sou invisível
Não me encontro com as pessoas mais velhas
O que pensas que fazes?
Não irei sair daqui, muito menos me animar
Esse álcool não é a melhor opção.

Não me chame
Não irei te atender
Todos sorriem
Queimam a fogueira, o fogo e minhas palavras
O fogo é alto, o barulho intenso
Parece as confusões de minha mente.

Não diga que eu não avisei
Pois você se queimou no fogo
E eu me queimei no emaranhado de palavras
Por isso digo que o silêncio é o melhor remédio
Se isole de mim, não quero isso novamente.

A noite descolada, o céu estrelado
A noite caiu a algumas horas
E com ela o frio do inverno
Momento de reflexão debaixo das cobertas
Momentos em que procuramos nos esquentar.

Será que queres você fazer isso?
Olhe pela janela e veja o que digo
Nada disso é real
Daqui algumas horas isso vai se decipar
Isso irá se acabar.

Não vê? Que nos observam?
Parece até que não enxergas
Toda essa bolha que nos envolve sumiu
Será que é tudo mera ilusão de minha mente?

Esse copo que tenho na mão
É sinônimo de ilusão
Talvez sua visão esteja torpe, por esse motivo?
Achas que não.. cruze as pernas
Talvez vejas o que digo.

Tudo queima, os pensamentos decipam
E tudo ao meu redor se resume ao pó
Tudo retorna de onde veio
E eu continuo deslocada onde estou
Peço que me leve embora
Tenho que limpar-me dessas energias
Enquanto me livro desses vícios rotineiros.

Um desvaneio qualquerOnde histórias criam vida. Descubra agora