Luz lunar, mãe da noite
Brisa gélida em forma de açoite
Trevas misteriosas esgueirando-se no céu
Olhos noturnos cobertos com véu
Agonia oculta de uma tortura cruel
Figuras hediondas em um calvário fiel
Cúmplice do pecado em trilhas obscuras
Amante dos sicários e das vis criaturas
Instinto selvagem sobre asas nebulosas
Durmo no abismo em tramas cavilosas
Ruído exíguo na alcova acre e acolhedora
Pernoite lúgubre com uma percepção inodora
Noite! Eterna beleza adormecida
Minha amada esquecida
Rainha dos sonhos sempre a brilhar
Perscruto suas ilusões até a alvorada chegar