A pena que caiu de sua asa...
Caiu e se transformou em orvalho...
E cresceu neste coração como um carvalho...
E transbordando de alegria como uma noite em brasa...
Em que solidão posso amar...
Sem tempo para esperar...
A solitude é algo certo...
Para algo que nunca se tem perto...
A pena que caiu de sua asa...
Era apenas uma pequena fração de seu vislumbre...
E tornou-se em minha mente lembrança lúgubre...
A pena que faltou em sua asa...
Diminuiu o encanto da ave garbosa...
Mas contagia o Uiraçu em sua espera portentosa...
A pena que sumiu de sua asa...
Foi devorada pela lama estéril...
Mas não há falta dela em seu novo ninho fértil...