Uma passagem de luz fria
Obscurece os olhos que me guiam
Um sentimento inexcedível perdura na noite esguia
E não elucida a origem das sensações que se criam.
Ali estava o atestado da loucura que bramiam
Onde sob a luz da fogueira muitos tolos gemiam
Segurando em uma das mãos o cajado da agonia
Encontrei uma coroa sob uma cabeça que não dormia.
O alvitre costumeiro disfarçado de cordeiro
Jorrava dos fluidos efêmeros da virgem nascente
E saciava a todos, conduzindo-os a um estado transcendente
Enquanto obedeciam ao vidente guerreiro.
Alcancei o cume do monte naquele instante
E deixei a coragem ser minha mente
Meus vasos em brasa engendraram uma dor lancinante
Meus olhos vidrados degustaram a adrenalina pulsante.