CARTA NA MÃO

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Joga a carta e passa vez, malandro embusteiro.

Que o ás de paus na mão do Senhor Burguês é feiticeiro.


Aqui não tem carta na manga,

Porque carta marcada é descartada.


Aqui seu gingado não engana valete de espada,

Que protege o Rei da Manada.


Não manda "sinal" de mania,

Se não tiver o ouro da burguesia.


E que não tem sua dama de copas, como é que faz?

Como é que faz?

Como é que faz?

Como é que faz?


Malandro de mão cheia,

Não cai em grito de cadeira.


Joga o naipe na mesa,

E mata o jogo de primeira.


Não gela para casal maior,

E chama de freguesia.


E que não tem sua dama de copas, como é que faz?

Como é que faz?

Como é que faz?

Como é que faz?

Poemas EtéreosWhere stories live. Discover now