Any on
Ainda não era muito fácil para mim sair de casa, mas me surpreendia com cada coragem que me consumia todas as vezes que eu precisava fazer isso. Os dias passaram rápidos e Joalin precisou voltar essa manhã, me afirmando que voltaria em menos de um mês.
No dia seguinte, acordei com minha mãe me informando que ligaram para ela da polícia de L.A. Era preciso que eu voltasse, já se passaram quase dois meses desde que fui "liberta" e eles achavam ser esse o momento para informar a mídia e coletar informações, tendo em vista mais uma vez, que meu caso obteve de uma grande repercução durante meses.
Eu teria mais um mês para arrumar tudo por aqui e voltar para lá, ainda não sabia se definitivo ou se passaria apenas o tempo necessário para dar todas as informações, essas que seriam controladas.Uma semana depois
Alice estava inquieta dizendo estar com saudade de sua tia, o me que fez ter a brilhante (talvez nem tanto) ideia de fazer um vídeo nosso mandando um beijo para a mesma.
Minha surpresa foi que, Joalin cabeça de vento algumas vezes, deixará seu celular desbloqueado na mão de Sabina, o que fez a mesma bisbilhotar o vídeo e quase cair dura com a imagem a sua frente.
Recebi uma ligação de vídeo e estranhei, Joalin nunca fazia isso durante o dia devido às pessoas que sempre estavam a sua volta, mas atendi, encontrando uma Sabina chorando e uma Joalin sem graça.- Desculpa, o dela estava descarregado e pediu para usar o meu. Nunca imaginei que ela bisbilhotaria algo assim- a loira dizia sem jeito
- Você- a morena apontava pra mim- não acredito que foi capaz de fazer isso comigo. Ela? Por que não me chamou junto? E o que aconteceu? Any, eu vou infartar, você tem noção que será culpada disso né? - Sabina dizia e eu ria de seu drama desnecessário.
- Meu amor, foi tudo muito rápido. Lógico que pensei em você, mas tudo precisa ser feito com calma. - eu dizia calmamente.
- Problema seu. Estou comprando passagens para o Brasil, me aguarde em breve Any Gabrielly. - ela dizia séria, fazendo a loira ao seu lado se assustar
- Como assim? Nós não podemos- Joalin tentava dizer mas foi interrompida...- Não quero saber, eu, você, sina, Sofya e Noah vamos ao Brasil essa semana. Inventa qualquer coisa, mas vamos..
- Noah não, por favor- Eu disse calmamente- Ele, bom, ele contará ao Josh.
- Não se preocupe, primeiro que ele estranhará Sina viajando assim, do nada. Segundo que, ele sofreu tanto quanto a gente, você sabe o quanto ele era grudado em você, anyzinha. - Sabina me afirmava sorridente, sendo seguida de Joalin.
- Tudo bem. Minha casa está aberta para vocês.
Continuamos a ligação por mais alguns minutos, Sabina ainda não acreditava que eu tinha uma filha e que ela era tia. Da pra imaginar que Alice teria um monte de tias e tios? Ela vai amar isso, sempre gostou de atenção, apesar de ser um pouco tímida.
Ela não brincou quando afirmou que viria o mais rápido possível para o Brasil, não completou três dias e recebi uma mensagem de Sabina afirmando estar embarcando no voo, pedindo para que eu me preparasse pois levaria uma surra por demorar tanto tempo e que os outros, estavam bravos por uma viagem de última hora e sem saber o motivo.
Sorri, ao imaginar a reação de todos ao me ver, imagino que Sofya vá chorar feito uma neném, Sina e Noah, vão se entreolhar e ficar um tempão me encarando para saber se é verdade...........
No dia seguinte, recebi uma mensagem de Joalin dizendo que estavam no hotel, que se arrumariam e em meia hora estariam aqui em casa. Pedi que minha mãe os recebesse, seria quase que um choque se eu fizesse isso e precisava convencer Alice, a me esperar no quarto.
Quando ouvi a voz de Noah ecoar pelo apartamento, vi que minhas mãos estavam trêmulas, era notório o nervosismo em meu olhar e eu tinha medo que eles me rejeitassem. Ao ouvir minha mãe dizer que era preciso ter calma, eu andava em passos curtos e incrivelmente lentos até a sala, pedindo em cada um, que Deus não me deixasse desmaiar ali.
Joalin foi a primeira a me ver e saiu correndo para me abraçar, sendo seguida de Sabina que a empurrou para me envolver no abraço mais reconfortante possível, seguidos de alguns tapas de falsa raiva. Notei que os outros permaneciam sentados, estáticos, sem esboçar reação alguma, antes de perceber que os olhos de Sofya estavam vermelhos, como previstos.- É uma miragem? Irmã gêmea? Gente? Alguém fala alguma coisa por favor- Noah dizia atento e nervoso.
- Eu nunca tive uma irmã gêmea Noah, você sabe disso - tentei parecer divertida.
- Any? Por favor, não brinca comigo. - ele dava passos rápidos até me encontrar e calmamente tocar em meu braços, seguidos de minha bochecha, me puxando para um abraço, sendo seguido de Sina que apenas chorava.
- Ei, você não vem? - indaguei para Sofya que ainda permanecia sentada e segurando o choro.
- Isso é um sonho, não pode ser real- a mesma afirmava, se encolhendo no sofá, me fazendo ir até a mesma,abraçando-a para provar minha existência.
Sofya e Hina sempre foram as bebês do grupo, eu as protegia com minha alma e por isso, talvez eu sempre as tivesse tratado como minhas bebês. Calmamente os ânimos foram adentrando seu lugar e eu pude contar a versão simplificada de tudo que aconteceu, percebi os olhos de Noah se transformarem em raiva e Sina apertar sua mão confortando-o, sempre soube que esses dois sentiam algo um pelo outro. Todos ficaram incrédulos com o que aconteceu, mas quando contei sobre Alice, a alegria tomou conta do ambiente e eu percebi que agora, eu estava pronta para recomeçar. Mesmo que estivesse escondendo muito deles, mesmo que eu soubesse do risco que estava correndo, mesmo que houvesse muitas vírgulas em meio a toda essa bagunça, eu precisava recomeçar.
Oi bebês, desculpem se tiver algum erro e espero que gostem desse capítulo. Até a próxima 💋💋
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It has always been you
FanfictionNão há fórmula alguma que explique como duas pessoas podem se apaixonar tão jovens e cultivar um amor mesmo cinco anos após uma tragédia. Não é possível que o toque, ainda seja tão intenso quanto na adolescência, que a saudade tão imensa quanto a do...