Eu juro que vi da janela do ônibus um menino andando na beirada da ponte, na beirada do fim.
Ele estendia os braços como um equilibrista, seus pés andando passos lentos em linha reta, não tinha medo do que viria depois, não se importava com o que podia acontecer.
Talvez nada pudesse acontecer mesmo.
Eu não piscava, meu coração pulsava tao forte que parecia sair pela boca.
Vejo ele tropeçar em algo uma ou duas vezes e percebo que seguro o ar a tanto tempo que meus pulmões doem.
Como ele consegue se equilibrar na beirada da ponte?
Fecho os olhos por alguns segundos e respiro mais forte, quando olho novamente o garoto sumiu.
Era um sonho?

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Poesias do avesso
PuisiEu sempre tive medo do desconhecido, de enfrentar a vida. Tive muito medo ao escrever esses versos e o dobro de medo ao postar. Não sabia como deixar tanto sentimento fluir e muito menos como postar para que as pessoas lessem. Mas poesia é isso, é d...