(Concluída)
Sabe aquele momento em que você é pega totalmente de surpresa? Quando algo inesperado acontece?
Para Alicia, receber uma ligação de Melanie Collins foi definitivamente um desses momentos.
E agora, recém formada na faculdade, ela já te...
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Morta.
Se tem uma palavra que me define nesse momento, é essa.
E não pense que é porque eu fiquei sabendo de alguma fofoca chocante ou que algo aconteceu, porque não foi isso...
Na verdade... algo aconteceu sim.
Aconteceu que minha lindíssima mãe me fez andar por toda o território de Toronto hoje. Sério, acho que tudo o que tinha pra se conhecer aqui, ela conheceu em um único dia.
Passamos pela parte boêmia da cidade e depois exploramos toda a modernidade da grande metrópole. Fomos pra Yonge-Dundas Square e depois seguimos para o Eaton Centre, onde ela comprou diversas coisas. Depois de ficar um tempo considerável admirando CN Tower, seguimos para o Rogers Centre e até na famosa cervejaria Steam Whistle nós fomos parar. Isso que nenhuma das duas bebe cerveja.
Por isso, assim que coloquei os pés em casa tomei dois relaxantes musculares. Posso ser nova na idade, mas meus ossos e articulações são de uma pessoa de oitenta anos. Enquanto eu estava jogada no sofá, desejando arduamente uma massagem, mamãe estava pulando animada e comentando com Haysla sobre tudo que viu.
Mas eu não a julgo, quando tive a oportunidade de conhecer tudo pela primeira vez, também fiquei em êxtase.
– Parece que você acabou de sair de uma das cenas de Missão Impossível. – Hays comenta rindo de minha expressão cansada.
– Você nunca saiu com ela, não pode me julgar. – Aponto pra minha mãe.
– E nem quero, com todo respeito tia. – Ela sorri pra falsa expressão magoada que mamãe coloca no rosto. – É que eu sou sedentária. Na verdade o exercício que gosto de praticar é outro.
Ah não.
– Eu também goste desse. Amo, pra falar a verdade. – Mamãe responde maliciosa.
Deus... Seria pedir demais que o senhor me levasse agora? Por favor.
– Eca, que nojo mãe. Não diz isso.
– Ué, o que foi? Acha que eu sou virgem? – Ela senta ao meu lado. – Querida, acredite ou não, você não foi um presente da cegonha.
Reviro os olhos profundamente.
– E quem vê, pensa que você não faz. – Ela continua.
– Faz sim tia, e bastante. Nos últimos dias então, nem se fala. – Haysla volta à conversa e vejo a cabeça de Eliana se virar, quase igual a mulher de O Exorcista.
– Com quem?
Lanço o meu olhar mais mortal pra Hays, que se encolhe arrependida. Tudo bem, ela não sabia que mamãe não sabia. Mas acabou entregando o ouro.
