minhas asas foram arrancadas
e nesse mundo eu fui jogada;
brincadeira cruel
que traz todas as noites uma maldita insônia
e pensamentos que talvez não me façam ganhar minhas asas novamente.
sangue imaculado foi o que eu derramei
e da minha garganta os gritos mais silenciosos saíram
já o meu corpo se encolhia no chão gélido,
minhas unhas corria a pele,
a arranhando e marcando cada vez mais, buscando algum louco alívio.
tudo parecia rodar como um carrossel
e tudo o que eu fazia
que eu fazia
era esperar
no fim eu sabia
tudo em algum momento iria parar.
bem alto lá no céu tem uma estrela mais que as outras, que me acalma diz que vai ficar tudo bem
mas ultimamente está tudo muito nublado, sinto falta do seu brilho.
às vezes as cicatrizes ardem um pouco e eu me pergunto onde estão minhas asas
e eu só peço pra voltar pra casa.
meu corpo treme, os olhos estão inchados, meu dói, meu coração está apertado e minhas asas arrancadas.
sangue imaculado foi o que fiz jorrar.
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unnamed. - névoa de confusão.
PoesíaTextos e poemas que surgiram em momentos onde sentimentos confusos transbordaram em meu peito, sentimentos que para mim não tem nome. sem nome, sem som, sem cor. Zander. 2019.
