A origem de Amélia

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Ao contrário de Stuart, Amélia vem de origem humilde. Nascida e criada em Vila Saúde. Uma cidade pacata com apenas 2300 habitantes. Filha de Amadeu Bittencourt, um homem moreno, magro, baixo, de cabelos encaracolados. Um homem nascido e criado em Vila Saúde e apesar de agora honrar o título de Barão que era do seu pai, os benefícios financeiros não faziam jus a condecoração. Sua mãe, Esmeralda Barreto, uma moça com tom de pele parda, magra, de estatura baixa, com um cabelo liso e um sorriso que encantava onde chegava, dona de um coração enorme que agora fazia jus ao título de Baronesa, mas mesmo tendo esse cargo, sempre quis ajudar os outros, sempre que podia organizava eventos beneficentes para ajudar sua população e os ribeirinhos que tinha há uns quilômetros da Vila.

Além de seus pais, Amélia vivia com sua irmã Elizabeth Bittencourt, uma mocinha de estatura baixa, pele branca, com um cabelo cacheado, muito simpática que sonhava em cursar Psicologia e se especializar em vida conjugal para se tornar uma terapeuta de casais.

Amélia era uma moça que desde muito nova era muito esforçada, dedicada, mas sempre espoleta. Vivia aprontando com seu amigo Francisco Pacheco. Tal rapaz que não era um amigo qualquer, pois ele foi a paixonite da mocinha durante anos. Por ser muito sapeca, vivia levando bronca de sua mãe e sempre que aprontava demais levava umas palmadas. O curioso é que sempre que iria apanhar, sua mãe perguntava quantas palmadas ela gostaria de levar.

Ao contrário de sua irmã, Amélia não tinha um sonho específico, eram diversos sonhos dentro de uma garota só.

Mesmo quando criança, a moça sempre gostou de cuidar das crianças, por isso, na escola, nos intervalos em vez de ir brincar, ela ia até a parte onde ficava os bebês para ajudar a cuidadora e sempre que sua mãe organizava eventos que envolviam crianças ela não perdia por nada.

Sua primeira paixonite, foi Francisco Pacheco, um jovem moreno, magro, alto, dono de um sorriso que apesar de poucos dentes na infância, chamava a atenção. Mas era paixonite bem tranquila, apenas diziam que um dia iam se casar, sem malícia nenhuma.

Quando tinha 10 anos, Elizabeth, irmã de Amélia fica doente e os médicos da Vila não conseguem descobrir o que é. O jeito é arrumar as coisas e partir para a capital mais próxima que ficava a 900 quilômetros de distância.

A família parte para a cidade, são longos dias de viagem e ao chegar no hospital, descobrem que a criança estava com Pneumonia forte. Ela fica três dias internada e depois é liberada.

No caminho de volta, Amadeu começa se perguntar se estava fazendo o melhor para sua família, pois viu como a cidade estava diferente, estava evoluindo e querendo ou não admitir, era capaz dessa evolução não chegar até Vila Saúde.

Após 12 dias fora, eles chegam em casa, Elizabeth ainda tinha que ficar em observação.

Por ser uma região de muitas plantações e matas, os ventos eram fortes e constantes, então a mocinha não pode sair de casa por 10 dias.

É nessas plantações que Amélia conhece a flor girassol, desde então se apaixona pela beleza da flor, então começa a pesquisar tudo sobre a flor e assim aprende como cuidar de um girassol, como plantar, de onde veio e tudo mais.

Era nessa plantação que ela ia quando queria descansar, sempre muito ligada com a flor, pois além de ser linda significava felicidade e suas pétalas podem simbolizar calor e lealdade. Era a flor que refletia a energia positiva do Sol.

Vinte dias se vão e Elizabeth melhora. Seu pai então anuncia uma viagem de negócios e que vai se ausentar por trinta dias.

Amadeu consegue retornar após 45 dias, quando chega, todos estão preocupados. É nesse momento que ele anuncia que não vai ser mais o Barão de Vila Saúde e ainda complementa dizendo que arrumou uma cidade para morar.

Ele ainda fica com o posto de Barão por um tempo, até conseguirem alguém para substitui-lo e durante o tempo que ele esperava, se organizava para a mudança. Primeiramente colocando a casa a venda e sem seguida tentando ver o que iria fazer na cidade.

É quando eles lembram que Esmeralda sempre soube fazer artesanato e Amadeu sempre foi bom com jarros, panelas e itens decorativos feitos em barro.

Eles começam a produção para não chegar de mãos vazias, mas agora focam em itens pequenos para carregar na mala.

Chega o dia da grande mudança e eles estão ansiosos. É quando Amadeu anuncia que irão mudar para Rio do Ouro, uma capital que ficava a 1200 quilômetros da Vila, além disso, tal cidade ficava em outro estado.

Chegando na cidade eles logo estranham, pois eram muitas novidades, agora estavam vivendo em uma cidade com mais de 600 mil habitantes.

Para a sorte, eles conseguiram uma boa quantia pela casa da Vila e mesmo antes disso a família tinha uma reserva em dinheiro guardada para emergências.

Conseguem encontrar uma casa. Era pequena, mas tinha um salão na frente e era num bom lugar para montar a loja.

O tempo passa e logo eles conseguem abrir a tal loja "Bittencourt Artesanato e Utensílios".

É com 12 anos que Amélia tem sua segunda paixonite, por mais que acabava de se mudar para a cidade, ela já estava encantada por Silvio Albuquerque, tal rapazinho do bairro que é um ano mais velho, um pouco fortinho com olhos castanhos, cabelo baixo, alto, tanto é que treinava em um time de basquete.

Aos 13 anos eles começam a namorar escondido, pois ela sabia que seu pai não aceitaria esse namorico, pois ele era bem tradicional.

Esse namoro é descoberto um ano depois e seus pais a proíbem de namorar o rapaz, alegando que ela era muito jovem. Ela insiste no namoro as escondidas, é quando em dia de feira, ela vê seu namorado beijando outra mocinha.

A partir daí ela diz que o amor para ela havia morrido e ainda complementa dizendo que nunca mais iria gostar de ninguém.

- "Daqui para frente, meu coração virou uma pedra! " – Diz a moça.

Quatro anos se passam e ela ainda carregava esse lema.

E agora? Será que o jovem Stuart vai conseguir passar essa pedreira e derreter o coração da moça?

Como conheci AméliaOnde histórias criam vida. Descubra agora