Cap IV - Estudos

81 15 73
                                    

O trabalho agora do Príncipe Erick seria os intensos estudos. Estudos esses que preparariam a vossa alteza para o reinado, até porque reinar um país não era uma tarefa fácil e o rei deve saber o que esta fazendo, e que papel devia estar assinando, e que decreto estaria impondo ao país.
 
Todas as ordens, e providências régias, expedidas para a melhor e mais pronta execução das leis atuais, ou das que para o futuro se fizerem, serão expedidas por decretos, ou alvarás sem força ou com força de lei, assinados pelo rei e pelo secretário de Estado da repartição competente, ou por portarias assinadas pelo mesmo secretário de estado. O príncipe Erick conheceria seu secretário de estado em breve, quando for coroado como rei do Brasil.
 
Durante a Idade Média e a Idade Moderna, a imagem de um rei ia além de uma representação unicamente política, seu poder era considerado divino, unindo as duas esferas. O uso do ouro é especialmente notório para caracterizar a nobreza, aparece nos vários objetos pessoais usados pelos reis e na decoração de suas casas ou palácios. Mas, sem dúvida, o objeto dourado mais característico de expressão da monarquia é a coroa na cabeça, símbolo de autoridade sobre o povo.
 
-A partir de amanhã você já começa os estudos alteza. -Disse Marcos entrando no hotel com o príncipe Erick.
 
-Está certo. -Confirmou Erick. -Hoje o dia foi intenso, todas aquelas entrevistas me deixaram exausto.
 
-Eu imagino, mas agora você pode descansar a vontade no seu quarto. -Disse Marcos.
 
A família de Erick já estava no hotel, abrindo a porta, Caroline corre para dar um abraço no amigo:
 
-Foi lindo a coroação Erick, esplêndido! -Disse ela abraçando ele e sua mãe também veio abraçá-lo:
 
-Devo concordar com ela, foi lindo filho. -Disse Carmen e Rose pergunta:
 
-Quando vamos embora?
 
-Hoje ainda, amanhã o príncipe Erick começa os seus estudos. -Disse Marcos e Erick retruca:
 
-Hoje a noite, pois antes teremos de fazer um almoço especial para comemorar. -Disse ele entusiasmado e Marcos fala:
 
-É uma boa ideia alteza.
 
O almoço foi divino, falaram bastante sobre como seria daqui para frente, sobre o passado e a volta por cima que Erick deu, e até sobre noivado.
 
-Não pretendo ficar noivo. -Disse Erick e Marcos fala:
 
-Os Reis devem se casar com alguém de uma linhagem real, ou seja, uma princesa.
 
-Eu sei, mas não quero falar disso. -Disse Erick sério, e ali o assunto morreu.
 
O dia passou rápido e chegou a hora de Erick se despedir da família.
 
-Vamos sentir muitas saudades meu sobrinho. -Disse Verônica com lágrimas nos olhos.
 
-Cinco meses passarão rápido tia, logo vão me ver novamente. -Disse Erick e a tia enxugando as lágrimas fala
 
-Espero mesmo. -Logo vem sua mãe chorando:
 
-Meu filho, já estou sentindo saudades. -Abraçou ela o filho. -Se cuide nesses dias, não faça besteiras.
 
-Eu sei mãe, não irei fazer besteiras
 
-Sei que é um garoto esperto. -Disse Carmen e Marcos avisa que já está na hora de ir para não perder o avião. Caroline se aproxima de Erick e diz:
 
-Vou sentir muita saudades, mesmo, vamos trocar muitas mensagens nesses cinco meses, e estarei aqui para vê-lo tornar-se rei.
 
-Com toda certeza. -Disse Erick abraçando ela.
 
E assim foram embora, a família de Erick e sua amiga. Seu dever agora era estudar.
 
O futuro Rei dos Estados Unidos também foi anunciado, seria o príncipe Jorge, filho do príncipe William da casa Windsor.
 
-Acha que ele vai ser um adversário? -Perguntou Erick preocupado para Marcos e ele responde:
 
-Acredito que não, Príncipe Jorge não aparenta ser uma má pessoa. Pelo contrário, pode ser um aliado.
 
-Será?
 
-Sim. -Respondeu Marcos seguro. -A família real britânica não são pessoas de má índole.
 
Jorge seria monarca de dezesseis estados soberanos. Além dos reinos da Commonwealth, há também três dependências da Coroa, catorze territórios ultramarinos britânicos e dois estados associados à Nova Zelândia, ou seja, um enorme Reino, enquanto a casa de Orléans e Bragança é uma casa imperial de origem portuguesa, brasileira e francesa, sendo um ramo da casa de Bragança, do Brasil e de Portugal, e da casa de Orléans, da França.
 
Como futuro Rei, Erick teria de aprender a fazer aliados, porém com cuidado, pois haveriam pessoas que poderiam querer se aproximar por interesses de ganhar títulos de nobreza.
 
Depois de ir deixar a família de Erick no aeroporto, Marcos chega no hotel para explicar sobre o inicio dos estudos das normas Reais.
 
-Amanhã ás sete horas da manhã, três renomados professores virão no hotel. Eles explicarão bem sobre como vai ser os estudos com você. Espero que se esforce bastante. Tenha um ótimo dia príncipe Erick. -Se despedia Marcos de Erick.
 
-Até mais Marcos. -Disse ele fechando a porta.
 
Antes de dormir Erick foi até a varanda do hotel e olhou intensamente a vista que havia ali, a cidade, tão iluminada. Erick refletiu sobre o que estava acontecendo, a reviravolta que teve em sua vida e a enorme fama que tinha conseguido tão rápido e que lhe pegou de surpresa. Dava até um intenso frio na barriga de tanta emoção. Não era um jovem religioso, até duvidava um pouco sobre a questão de religião e Deus. Erick percebeu que não, não era uma recompensa do universo, ele era o primogênito da família real, apenas teve o que era seu por direito, foi por acaso, assim como príncipe Jorge e outros que estavam sendo coroados pelo mundo.
 
De manhã, acordou bem cedinho, tomou café com Ângela à quem já considerava uma amiga e esperou os professores chegarem. A campainha toca e Ângela vai atender. Eram os três professores: Sr. Charles Drummond, Enzo Cavalcante e o Dr. Helbert Correia.
 
-Vossa alteza, um prazer ser seu professor durante esses cinco meses. -Disse o Sr. Charles Drummond curvando-se diante de Erick.
 
-O prazer é todo meu senhor... -pausou Erick esperando o Sr. Charles concluir:
 
-Charles Drummond alteza, ao seu dispor!
 
-Obrigado professor Charles Drummond.
 
O restante se apresentaram e começaram as aulas com Erick que eram extremamente cansativas e entediantes, mas Erick foi prestando bastante atenção a cada palavra apesar da dor de cabeça que dava aquilo tudo. A aula foi até as dez horas, os professores se despediram e Erick suspirou de alívio.
 
-Cansado Alteza? -Perguntou Ângela parada na sala e Erick responde:
 
-O bastante para capotar na cama. -disse ele andando até o quarto -Quando for a hora do almoço me acorde.
 
-Certo Alteza.
 
O dia não acabava nunca. Depois do almoço, Erick foi á uma entrevista em uma rádio do Rio de Janeiro, logo que saiu, foi chamado para uma outra entrevista em uma emissora de TV. A noite, uma repórter de TV do Reino Unido foi entrevistar Erick no hotel. Foi assim o dia do Príncipe Brasileiro: Cansativo.
 
Passavam os dias sendo as mesmas coisas: Normas por normas, leis por leis, estudos por estudos, entrevistas por entrevistas, e Erick cada vez mais exausto.
 
Um dia, a campainha toca, Ângela vai atender e se surpreende: Princesa Paola Maria. Erick vai até a porta e pergunta quem era ela e Paola se apresenta:
 
-Vossa alteza, desculpe-me lhe incomodar, Sou Paola Maria de Bourbon Orléans e Bragança Sapieha, filha do Príncipe Jan Pavel Sapieha e Maria Cristina do Rosário de Bourbon Orléans e Bragança. Também sou princesa, porém sem poder algum, claro.
 
-Ouvi falar de você, também é da mesma linhagem real que eu. -Disse Erick e Paola confirma:
 
-Sim, uma prima distante.
 
-Quer entrar e tomar algo? -Perguntou Erick e Paola entra.
 
Paola veio com boas intenções, conhecer seu tal primo distante e desconhecido. Conversaram, falaram até mesmo de Cristina, a louca, como Erick falava. Erick estava gostando da conversa e até perguntou se Paola poderia vir mais vezes e ela disse que sim.
 
-Gostei bastante de nossa conversa, apareça mais vezes! -Disse o príncipe e Paola se despede.

KINGDOMOnde histórias criam vida. Descubra agora