Cap VI - Ao rei!

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1 de setembro, dia da coroação, a enorme catedral lotada, uma orquestra renomada, soldados nas ruas, tudo para o melhor evento ocorrer ali.
 
-Estou nervoso Marcos. -Disse Erick que estava prestes a entrar com as pernas bambas e soando frio.
 
-Alteza, vai ser a mesma coisa que a coroação de príncipe, por quê do nervosismo? -Perguntou Marcos e Erick explica:
 
-Só que dessa vez eu irei fazer um discurso.
 
-Alteza. -Dirigiu-se Paola ao príncipe. -Não tem porque ficar tenso, se acalme, vai ocorrer tudo bem, confie em mim.
 
A família e amigos de Erick se preparavam na primeira fileira, os soldados iam marchando pela avenida e uma banda atrás. Marcos trás dois convidados especiais:
 
-Alteza, este é o Duque Joaquim de Moraes e seu filho, Eduardo de Moraes. -Apresentou ele os convidados para Erick que fita os dois e os cumprimenta:
 
-Prazer em conhecê-los, Marcos disse mesmo que viriam.
 
-O prazer é todo nosso alteza, estamos honrados em comparecer a tal evento tão respeitado como esse. -Disse o Duque e seu filho também fala:
 
-Realmente estamos lisonjeados de estar aqui. -Disse ele apertando a mão de Erick e olhando em seus olhos. Eduardo era um ano mais novo que Erick. Era loiro, olhos azuis e pele pálida, típico de um europeu.
 
-O lugar de vocês dois estão guardados lá em cima, podem ir. -Eduardo saiu olhando para Erick que também lhe olhava até ser interrompido por Caroline:
 
-Como estou? -Perguntou ela girando com o vestido branco que Ângela havia escolhido.
 
-Belíssima, digna de uma Lady da casa imperial -Disse Erick e Caroline para e pergunta:
 
-Como disse? -Nem ela entendeu que Erick estava lhe oferecendo o título de Lady.
 
-Foi isso mesmo que entendeu, Lady de Sá, irá morar no palácio comigo. -Respondeu Erick e Caroline lhe dar um abraço e começa a chorar.
 
-Obrigada, estou emocionada.
 
-Não chore, entre logo, o evento vai começar. -Disse ele se preparando e Caroline vai para o seu banco. Ângela chega para dar uma última conferida em sua roupa, arruma seu cabelo de modo que a coroa não deixe seu cabelo torto.
 
-Está perfeito Alteza. -Disse Ângela e Erick agradece:
 
-Obrigado Ângela, não sei o que seria de mim sem você.
 
O ministro começa a dar as últimas palavras,  já estava prestes a iniciar e Erick se prepara.
 
“...agora, depois de cinco meses de estudos, pronto para ser coroado, apresento-lhes, sua majestade imperial, Dom Erick I, por graça de Deus e unânime aclamação dos povos, imperador constitucional e defensor perpétuo do Brasil.” Foram as palavras do ministro que apresentava o evento enquanto Erick entrava e era coroado. Todos se curvaram, familiares, amigos, soldados, todos mesmo. Ele seguiu até o microfone, olhou para todos e fez seu discurso real. Se emocionou, sorriu e agradeceu.
 
Estava ali, diante de todos, o Rei, o imperador do Brasil, o defensor do país, aclamado, vida longa ao rei.
 
-Majestade. -Disse Marcos curvando-se diante de Erick que se sentiu incomodado com aquela atitude.
 
-Marcos, não precisa disso, você é meu amigo.
 
-Claro que precisa Majestade, é uma reverência. -Explicou Marcos se levantando. O Duque e seu filho também se aproximam e se curvam:
 
-Vossa majestade. -Disse o Duque e seu filho curvando-se. Erick estava sem reação, teria de se acostumar.
 
As entrevistas ocorreram do lado de fora, assim os repórteres não se aproximavam tanto de sua majestade para não incomodar. Depois Erick e sua família foram levados até o palácio, o tão esperado Palácio Guanabara.
 
Erick em um carro, sua família em outro e o Duque logo atrás, todos protegidos por nada mais e nada menos que 70 guardas ao redor dos automóveis.
 
-Já sabe seu nome Majestade? -Perguntou sorridente Marcos olhando pelo retrovisor e Erick olha e Responde:
 
-Sim, Dom Erick I não é mesmo?
-Não Majestade. -Respondeu Marcos e explicou. – Assinando a posse de rei do país você herda dos antepassados monarcas seus sobrenomes, você  agora se chama Erick Gastão Maria José  Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach Está aqui na sua nova identidade. -Entregou Marcos para Erick que ria sem parar:
 
-Mas que droga de nome é esse? -Perguntou Erick rindo e Marcos responde:
 
-Você herdou dos antigos monarcas, vem junto com a fortuna da família, mas resumidamente... -Pausou ele e continuou. -Você se chama Erick de Orléans e Bragança e Wittelsbach, não se esqueça.
 
-Bem melhor. -Disse ele ainda rindo.
 
Chegando, o carro para bem em frente do luxuoso palácio. Marcos sai e abre a porta para Erick, atrás chega o carro do Duque e da família junto á Caroline. Os guardas ficaram do lado de fora protegendo o lugar.
 
-Quanta beleza. -Disse Carmen.
 
-Já está todo mobiliado, o governo deixou como antes era na época da princesa Isabel. Obviamente que limpo, claro. -Disse Marcos e Erick segue na frente para entrar enquanto todos esperavam atrás. Ele abre o portão e fica admirando a beleza de tal lugar por um tempo. Ele olha para trás e chama os outros.
 
Depois de andarem pelo palácio, Marcos explicando cada cômodo para todos como se estivessem em um museu, Erick reuniu todos na sala e conversou sobre o assunto da moradia e disse que Caroline já estava morando com ele. Isso causou incômodo para família mas não deram tanta importância, afinal era amiga do rei.
 
-Eu gostaria de saber quem de minha família também gostaria de morar comigo no palácio. -Disse Erick e continuou: -Não é nada digno a família real morar em Fortaleza naquela casa, o melhor seria comigo aqui no palácio.
 
Depois da família pensar, Carmen aceitou morar com a filha no palácio, e Erick daria o título a Rose de Princesa da casa de Orléans e Bragança e à sua mãe de Duquesa de Orléans e Bragança. A avó de Erick preferiu voltar com sua tia verônica, e Erick disse que iria achar outra casa melhor que a antiga. Erick também convidou o Duque a fazer parte da corte real junto ao seu filho e torná-lo o Duque de Orléans e Bragança, que aceitaram alegremente. Ângela também tinha seu lugar na casa, iria continuar servindo ao rei junto à outros funcionários e Marcos foi convidado para ser o mordomo do palácio. Se acomodaram todos em seus devidos quartos se surpreendendo com o excesso de luxúria que havia em cada cômodo.
 
Marcos foi até o quarto do rei, bateu na porta e Erick abriu.
 
-Olá Marcos. O que houve? -Perguntou ele surpreso e Marcos prossegue com outra pergunta:
 
-O que achou do antigo quarto da princesa Isabel? -Erick sorriu olhando para trás reparando o quarto e respondeu:
 
-Rústico e belo do jeito que gosto.
 
-Você tem um ótimo gosto majestade. -Disse Marcos e Erick concorda:
 
-De fato tenho sim. -Riu ele.
 
Depois Ângela foi terminar de arrumar o quarto do rei a pedido dele mesmo, sabendo como era o seu gosto enquanto ele ia passear pelo jardim. Eduardo vê o rei passando e vai atrás até chegar ao jardim:
 
-Majestade! -Gritou Eduardo indo atrás dele e Erick se vira bem rápido quando ele se aproxima.
 
-Algum problema? -Perguntou Erick sem entender e ele responde:
 
-Obrigado por aceitar eu e meu pai no palácio. Estamos muito felizes. -Disse ele com seu típico sotaque português e sorridente.
 
-Não precisa agradecer. Marcos, meu mordomo, falou muito de vocês dois, são boas pessoas. -Disse Erick colocando a mão no ombro de Eduardo e continua: -Tenho certeza que vamos nos dar super bem. -Sorriu ele e continuou a andar e Eduardo sorriu e voltou para dentro do palácio.
 
Depois do delicioso passeio pelo jardim, Erick foi para seu quarto e se assustou com Rose esperando por ele na porta:
 
-Rose? -Perguntou Erick. -O que faz aqui? -E ela Responde:
 
-Vim perguntar porquê me deu o título de princesa. -Erick franziu as sobrancelhas e respondeu:
 
-Você é minha irmã, tem o sangue real dos Orléans e Bragança, é praticamente um direito seu.
 
-Mas você poderia mudar isso como atual rei. -Disse ela e Erick a encarou e se aproximou de seu rosto e disse:
 
-Se quiser eu posso mudar, já que está tão incomodada com o título que recebeu. -Ele abriu a porta e então entrou e ela acompanhou ele:
 
-Desculpa, só estou sem jeito. -Disse e Erick responde:
 
-Percebi, agora saia, vou me trocar. -Rose sai e fecha a porta.
 
Enquanto isso no quarto de Eduardo, seu pai, o Duque, entra e vê o filho olhando pela janela.
 
-Vi você andando rápido pelos corredores, onde estava indo? -Perguntou ele, Eduardo sai da janela e responde:
 
-Fui agradecer o rei por nos aceitar no palácio.
 
-E como foi? -Perguntou novamente o Duque e Eduardo sorrindo respondeu:
 
-Foi bom, o rei é uma pessoa simpática. -seguiu até a cama e continuou: -Disse que íamos nos dar super bem.
 
-Agrada-me sua opinião a esse respeito. -Disse o Duque.
 
Dali então foram todos para a mesa almoçar. Estava cheia, Erick na ponta, depois Caroline de frente para Marcos, Carmem de frente para Rose e o Duque de frente para Eduardo e as empregadas ao redor da mesa.
 
-Duque Joaquim, como é Portugal? -Perguntou Erick para quebrar o silêncio.
 
-Bom majestade, não há o que reclamar, mas não é tão bom quanto o Brasil. -Respondeu ele com o seu sotaque português e Erick diz:
 
-Um dia irei à Portugal!
 
-De fato você vai Majestade. -Afirmou Marcos e Eduardo inclinando a cabeça fala:
 
-Vá a Lisboa Majestade, é lindo aquele lugar!
 
-Com certeza vou, e construirei um palácio lá. -Disse Erick sorrindo e todos olham para ele surpresos.
 
-Você tem ambições nesse sentido, isso é bom. -Falou o Duque e Erick Corrige:
 
-Não se trata apenas de ambição ou dinheiro, como rei tenho meus desejos, e afinal, Portugal também me pertence como terra.
 
-Você tem toda razão majestade. -Disse Marcos e Caroline deduz:
 
-De fato ficará magnifico seu palácio rei Erick!
 
-De fato vai Lady de Sá. -Ela levanta a taça e diz:
 
-Ao rei! -Todos levantam e repetem:
 
-Ao rei!!

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