Cap XIX - No leito

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Não demorou muito para a ambulância chegar, pois se tratava de um atentado contra o rei. Erick foi levado às pressas para o hospital. O carro de Marcos seguia logo atrás com Caroline e Eduardo dentro, ambos apavorados, principalmente Edu, que estava com seu Blazer sujo com o sangue de Erick.
 
No palácio enquanto a Duquesa Carmen assistia a TV, passa a notícia de que Erick havia sido atingido por uma bala. Carmen se apavora e desmaia, o Duque que estava próximo corre para socorrê-la.
 
-Minha senhora! Acorde! Duquesa Carmen! -Chamava o Duque Joaquim nervoso: -Ângela! Chame os outros empregados! Imediatamente!
 
A situação era alarmante, em menos de vinte minutos as notícias corriam á solta e até mesmo Fake News de que Erick havia morrido em um atentado terrorista. Finalmente a Ambulância chega no hospital, e Marcos logo atrás para o carro e Eduardo sai correndo indo em direção á ambulância. Marcos o segura e Eduardo tenta a sua força para se soltar e Caroline pede para que ele se acalme. Os médicos abrem a porta e levam Erick em cima de uma maca para dentro do hospital, mas ninguém podia seguir. Edu gritava chorando:
 
-Majestade! Por favor, Majestade!
 
-Temos que ir para a recepção. -Disse Caroline e Marcos concorda, então os três vão ás pressas.
 
A imprensa chega com seus vários repórteres frustrados em busca de informação sobre o estado do rei, até que avistam Marcos e Lady de Sá junto á Eduardo, então os repórteres e jornalistas correm atrás dos três. Marcos tenta passar, até que se irrita e grita para que saíssem do caminho. Ao entrarem, Marcos se apresenta á um médico que estava responsável pelo Erick e o mesmo pede para que o acompanhem.
 
-A situação é crítica meu senhor. A bala felizmente não atingiu nenhum órgão vital, mas a nossa majestade teve uma hemorragia grave e passará por uma intervenção cirúrgica para reparar os danos que a bala causou no corpo dele. -Disse o médico e marcos se aproxima e fala:
 
-É a sua majestade que está naquele leito. Você fará o impossível para salvá-lo. Está me entendendo?
 
-S-sim, sim meu senhor. -Marcos olhou para o jovem Eduardo que estava quase chorando novamente.
 
-Ei garoto, ele vai sair dessa, okay? Erick é o rapaz mais forte desse mundo. -Eduardo abaixou a cabeça e se pôs a chorar, Caroline se aproxima e abraça ele para que console o seu pobre coração.
 
“Estamos aqui do lado de fora do hospital onde o rei Erick de Orléans e Bragança está internado em estado grave após o atentado que ocorreu em frente ao departamento geral de policia do Rio de Janeiro. Estão tentando reconstruir a cena do ocorrido para descobrir de onde veio a bala que acertou o jovem rei nesta manhã. A princesa Rose de Orléans e Bragança junto á prima da família, Maria Cristina de Orléans e Bragança ainda estão desaparecidas, o que as torna principais suspeitas do atentado. Voltaremos depois com mais noticias.”
 
Jornais de todo o mundo espalhavam o ocorrido, toda a família real estava abalada, e tudo indicava que Rose estava realmente envolvida no caso.
 
Carmen finalmente se acorda e o Duque Joaquim tenta acalmá-la.
 
-Eu não consigo aceitar que Rose esteja envolvida em tal situação. Meu Deus. -Dizia ela deitada em sua cama, e sentado ao seu lado estava o Duque:
 
-Não vamos nos precipitar minha senhora, ainda não temos certeza.
 
-Eu preciso ver meu filho. -Diz ela tentando se levantar e o Duque a impede:
 
-Minha senhora, não, você não está em condições, e além do mais não podemos nos arriscar em sair. Toda a família real está ameaçada de riscos eminentes.
 
-O meu filho que é o alvo desses riscos, Dom Joaquim! Eu preciso vê-lo!
 
Carmen se levantou e chamou um segurança para levá-la ao hospital onde Erick estava. Duque Joaquim se oferece para acompanhá-la e ela aceita.
 
No esconderijo de Cristina e Rose, as duas preparavam as malas para fugirem.
 
-Depois que fugirmos, como ficará a nossa situação? -Perguntava Rose nervosa enquanto fazia sua mala nas pressas e Cristina super tranquila explica:
 
-Erick não reinará por muito tempo. Hora dessas ele já deve está morto, sendo assim, o trono é seu por direito, mas só voltaremos quando a situação estiver melhor. -Ela tira da sua bolsa um passaporte falsificado e entrega para Rose: -Iremos para o Japão senhorita Fisheer, e ficaremos lá até as coisas amenizarem por aqui, e assim, tomaremos o reino.
 
-Eu estou com medo.
 
-Se falar isso de novo, você fica e morre sozinha, por quê eu não.
 
Rapidamente Rose termina as malas e antes das duas saírem, Cristina quebra o celular que usava para se comunicar com o atirador, que á essas alturas já havia fugido com a grana que foi lhe pago por ela.
 
No hospital, Caroline vai até Marcos depois de ter raciocinado bastante, pensa e lhe diz:
 
-Marcos! Precisamos fechar os aeroportos.
 
-O que?
 
-Sim, se Rose e Cristina tentarem fugir, certamente vão pegar algum voo. -Explicou ela e Marcos concorda e rapidamente pega o celular.
 
-Avisarei a guarda aeronáutica e todos os militares para se concentrarem nos aeroportos, assim identificarão os passageiros. Essas duas não escapam.
 
Logo Carmen aparece chorando intensamente de preocupação e perguntando por Erick:
 
-Cadê meu filho? Onde ele está? -Chorava ela quase caindo e o Duque logo atrás diz:
 
-Eu pedi para que ela ficasse no palácio, mas ela insistiu. -Ele olha para Eduardo que estava sentado e com a blusa suja de sangue e vai até o seu filho preocupado: -Você está bem? -Eduardo não respondeu nada, estava em estado de trauma pelo ocorrido. Marcos vai até o Duque e diz:
 
-Erick caiu em seus braços. Ele só está em choque. Melhor levá-lo ao palácio.
 
Enquanto isso, no leito, estava ele, a majestade, desacordado e com vários médicos ao seu redor tentando salvar a sua vida. Naquele momento não se passava nada pela cabeça do jovem Erick além das últimas palavras que ouviu antes de apagar, também o som do tiro, logo após, os gritos do Eduardo, a dor intensa ao ser atingido pela bala. Ele estava em outra realidade, onde ele podia raciocinar os fatos e organizá-los durante sua cirurgia e seu estado de coma. Sua irmã, a própria irmã, que sempre lhe detestou sem motivos, o que lhe deixava super triste. Pobre Erick, não podia morrer ali. Depois vem Eduardo, o melhor amigo, que a última coisa que fez foi se declarar. Erick estava emocionalmente aflito. A última voz que Erick se lembra era a de Edu, chorando e aos poucos ele foi apagando.

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