No almoço daquela tarde, Carmen não participou, estava ainda indignada com a situação em que sua filha estava.
-Não se preocupe majestade, você fez o que foi certo. -Disse Eduardo sentado à mesa para confortar o coração do rei que sorriu e agradeceu:
-Obrigado Eduardo.
Todos comiam em silêncio. Realmente o dia estava tenso, mas quem disse que estava sendo fácil para o pobre Erick. Quando todos terminaram, ele seguiu para o quarto, foi então que recebeu uma ligação de Eloise.
-Alô, Eloise? -Atendeu Erick e Eloise prosseguiu:
-Erick, novidades.
-Pode falar. -Disse ele indo até a janela de seu quarto.
-Os militares estão todos aqui no bairro, acho que já prenderam Merlin.
-Sim, como pedi, quero ver o infeliz pessoalmente. -Disse Erick e Eloise pergunta:
-Mas e os outros?
-Os outros saberão que não deve se meter com a coroa. Prendendo a princesa e o Merlin já dará medo neles. Tenho certeza de que não irão querer passar dez anos de trás de uma porta de ferro em cárcere privado.
-Entendi majestade, realmente prender a princesa foi um choque para a nação. -Disse ela.
-Agora irei desligar, obrigado pela informação.
-Por nada majestade. -Desligou ela a ligação.
Eduardo e Erick foram andar no jardim com o Alasca e conversavam.
-Isso só te mostra que não devemos confiar em todo mundo. -Disse Eduardo enquanto caminhava ao lado do rei que segurava a coleira de Alasca.
-Agora sabendo que fui traído pela minha própria irmã, já não confio em mais ninguém. -Disse Erick triste e Eduardo pega na sua mão e diz:
-Meu rei, a desconfiança só traz insegurança. -As mãos frias de Eduardo trouxeram um certo conforto ao rei Erick.
-Eu desconfio por quê aprendi que as pessoas mentem mais do que falam a verdade. -Disse ele ainda com sua mão junta a de Eduardo que logo diz:
-Você tem todos os motivos pra ter desconfiança -Eduardo olha bem no fundo dos olhos de Erick e prossegue: -mas, a confiança é o que ensina o amor a ser o que ele é, pois ainda devemos acreditar no ser humano, apesar de tanta maldade e infantilidade. -Erick deixa uma lágrima escorrer, Eduardo com seu polegar enxuga e Erick diz:
-Belas palavras Eduardo, mas as vezes é bom confiar na nossa desconfiança. -Eduardo sorriu e perguntou:
-Posso dar-lhe um abraço majestade? -Erick também sorriu e sem responder abraçou Eduardo. Foi ali que o rei viu em quem confiar, pois no abraço de Eduardo sentiu-se confortável e seguro. Através de uma janela, Lady de Sá viu os dois se abraçando, sorriu contente em saber que Eduardo estava confortando o amigo.
Ao anoitecer, os militares chegaram no palácio para avisar ao rei que Merlin já estava no Rio. Quatro militares entraram e foram recebidos na sala de estar:
-Majestade, o jovem já se encontra no departamento à sua espera. -Disse um dos militares, ele era negro e alto, bem forte. Erick sorrir e diz:
-Ótimo, irei vê-lo.
-Desejo ir com você majestade. -Disse Lady de Sá e Erick faz gesto com a cabeça aceitando.
-Marcos, nos leve ao departamento. -Disse ele e Marcos levou os dois para o departamento.
Enquanto isso, Duquesa Carmen e Duque Joaquim conversavam no pátio do palácio sobre o rei, ela ainda super triste pela situação da filha.
-Minha senhora, você apenas tem de entender que teu filho só quer tornar a democracia do nosso país em uma democracia mais formal. -Disse Joaquim tocando Carmen, tentando confortá-la e Carmen olha rápido para ele e diz com lágrimas nos olhos:
-Não vejo nada de formal em prender a própria irmã! -O Duque franziu as sobrancelhas e disse:
-Formalidade é tolerância e respeito em todos os aspectos da vida em comunidade, sendo assim, Rose não é uma vírgula. -Carmen se levanta olhando para Joaquim e pergunta furiosa:
-Está tentando dizer que estou errada? -O Duque também se levanta e responde:
-Não mileide, mas sirvo ao meu soberano que és teu filho, por tanto, a palavra do rei é a mesma que a minha.
-E se fosse Eduardo? -Perguntou Carmen. -Se fosse seu filho?
-Se fosse meu filho, ainda assim respeitaria meu rei, pois saberia que meu filho estaria errado.
-Você é doente! -Disse Carmen se retirando e o Duque fala em voz alta:
-Não! Eu sou fiel ao meu rei e sempre serei, se Rose tentou prejudicá-lo, não posso ser a favor dela, e nem a você, se você prefere ser à ela. -Carmen olhou para trás e saiu.
Erick estava chegando no Departamento Geral. Diversos repórteres estavam do lado de fora, quando Erick abriu a porta do carro e saiu, todos eles olharam e reconheceram sua majestade. Curvaram-se e apontaram as câmeras em sua direção. Diversos flashes de câmeras eram para Erick. Marcos saiu e disse:
-Sua majestade deseja passar. -Todos abriram caminho e Erick e Lady de Sá iam até a porta do departamento acompanhados por quatro seguranças.
Dentro do departamento, Erick seguiu até a sala do delegado. Ao entrar na sala, o clima mudou, o coração de Erick gelou, sentiu suas mãos suarem por debaixo das luvas. Ele viu Merlin sentado de frente para o delegado. Merlin o olhou de lado, se levantou logo em seguida e ficou diante de Erick o encarando. Marcos entrou na sua frente e perguntou sendo arrogante:
-Não vai curvar-se diante de sua majestade seu infeliz? -Merlin olhou sério para marcos e respondeu:
-Isso não é minha majestade. -Marcos virou-se para Erick e disse:
-Com seu consentimento majestade. -Erick acenou com a cabeça e marcos virou-se para Merlin e o pegou pelos cabelos, abaixou ao chão de uma forma brusca. -Curve-se! E fique aí até seu rei pedir para sair.
Erick foi até o delegado e Lady de Sá ficava olhando e rindo discretamente de Merlin debochando dele.
-Delegado, você sabe a pena que deve dar ao rapaz. -Disse Erick, e o delegado pergunta:
-Majestade! Não acha que ele precisa de um julgamento antes?
-Não! -Disse em tom alto Erick. -Já temos provas o suficiente de que esse infeliz conspirou contra mim. Levem-no! É uma ordem! -Disse Erick se retirando, Caroline se aproximou de Merlin sendo levantado pelos oficiais e disse sorrindo:
-Pobre Merlin, vai enlouquecer sem vê a luz do dia durante dez anos. -Riu ela no final e Merlin ficou super tenso e com medo.
E assim Merlin foi levado e Erick, Caroline e Marcos voltaram para o palácio.
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KINGDOM
FantasyA monarquia é uma das mais antigas formas de governo e desde 1800 foi abolida em diversos lugares. Em uma monarquia absoluta, o rei governa com poder absoluto sobre o seu país, algumas vezes ligados a aspectos religiosos. No livro, a monarquia retor...