~ Luma ~
Não acredito que cai no truque desse desgraçado do Cobra.
O cara que sai do carro atira em minha direção, mas desvio com rapidez, todo meu treinamento não foi à toa. Me abaixo próximo ao carro dos capangas de Alfa, vou andando abaixada ate a outra extremidade do carro, ouço uma sequência de disparos e gritos, não sei ao certo de quem. Em questão de segundos estou atrás do homem desconhecido que está apontando a arma para um dos capangas de Alfa, vejo outros dois no chão, dou um chute certeiro em sua costela que faz com que ele caia no chão, olho para os homens e eles entendem meu recado e vão em direção aos carros, paro junto aos dois homens caídos e confiro os batimentos, estão mortos, olho para trás e vejo o homem tentar se levantar enquanto eu vou para minha moto, dou um tiro em sua perna, nao quero mata-lo, vou apenas deixar um recadinho para meu querido Cobra.Assim que subo em minha moto ouço um barulho e sinto meu braço queimar um pouco, o desgraçado me acertou. Vou o mais rápido que posso para o morro e subo para a casa da Rua 7, assim que entro Geovanni esta deitado no sofá, coloco o capacete em cima da mesa, pego uma caixinha de primeiros socorros e me sento ao seu lado, so então ele vê o ferimento.
- Como foi?
- Era uma emboscada, não era o Cobra, era outra pessoa, dois caras foram mortos e um tiro me pegou de raspão - digo limpando o ferimento.
- Vou pedir pro Fael avisar o Arthur e te levo para casa.
Termino meu curativo enquanto ele conversa com o Fael.
- Acho melhor você subir rápido, ele ja está sabendo.
- Mas eu acabei de chegar, como ele ja sabe?
- Um dos caras que estavam com você ligou para Giselle, o Fael tentou impedir que ela contasse de imediato, mas não teve como, afinal ela nao sabe de você.
- Vou ter que falar com ela né?!
- É o melhor a fazer.
- Vou só trocar de roupa e a gente sobe, amanhã converso com ela - digo indo a traz da roupa que eu estava no baile, visto o mais rápido possível e vou para o lado de fora vendo Geovanni já em sua moto.
- Bora? - ele pergunta enquanto subo na moto.
- Voa!
Não demora nem tres minutos para que estejamos em frente a casa de Arthur, entro correndo e me deparo com o mesmo conversando com Aníca, Fael e Giselle.
- Ue, a Margarida apareceu? - ele diz irônico
- Não fode Arthur - retruco sem paciência.
- Onde você tava? - o mesmo pergunta em tom irritado.
- Tava comigo, fui mostrar a ela a vista do topo do morro - Geovanni entra dizendo e eu assinto.
- Ue, você não estava passando mal?
- Não só estava como estou, vou tomar um banho pra dormir - digo tirando meus tenis e subindo as escadas e ele sobe atrás.
- Quem você pensa que é em? - Arthur diz irritado atrás de mim.
- Não me estressa que eu não to bem - tento manter a calma.
- Ta na cara que você não está passando mal Luma, onde você tava?
- No topo do morro caralho, ja disse. Para de querer me controlar, você não é meu pai sabia?!
- Não sou seu pai, sou seu dono.
- Para de falar merda Arthur, você me fez foi um favor me trazendo pra cá, você não tem noção - digo isso enquanto tiro a roupa, tão nervosa que eu estava que me esqueço do machucado.
- Que porra é essa aqui? - ele pergunta segurando meu braço com força
- Me solta Arthur - digi tentando manter a calma
- Solta o caralho. QUE PORRA E ESSA AQUI PIRANHA? - ele grita, então me descontrolo.
- PIRANHA O CACETE, TA ACHANDO QUE EU SOU ESSAS PUTA DO SEU MORRO? FICA ESPERTO COMIGO ALFA, TU AINDA NÃO PERCEBEU QUE EU NÃO TENHO MEDO DE VOCÊ? - grito a plenos pulmões, sem medo que o morro todo tenha escutado e entro no banho, pois só um banho bem gelado pra me acalmar.
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Moeda de troca (Em Pausa)
RomanceLuma Venturine tem 19 anos e uma vida corrida, faculdade, estágio, academia, ONG e dentre toda a agitação de sua vida ela ainda esconde um segredo, mas um belo dia e é feita de moeda de troca das drogas de seu pai, mesmo que ele quisesse evitar ela...