Elevador. (Bielipe)

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Estava em um elevador antigo, mas sabia que era de meu prédio.

Segurava um sorvete de morango na minha mão direita, apesar de odiar morango.

Ao meu lado havia um sujeito que eu definitivamente não suporto. Não consigo reconhecê-lo por ele estar fantasiado de zorro, com aquela máscara ridícula tapando a maior parte de seu rosto, mas sinto o quanto não gosto de sua presença no mesmo local que a minha.

De repente, o elevador pára e eu começo a ficar nervoso por ter que ficar mais tempo ao lado daquele garoto.

Aos poucos o ambiente vai ficando cada mais quente e ele decide tirar a camisa enquanto me encarava de modo malicioso.

Por mais que eu evitasse não olhá-lo, fui atraído por seu corpo definido e já bastante suado.

Me distraí o observando e não percebi que meu sorvete tinha derretido e já escorria pelo meu braço.

Corei por ser pego olhando o corpo alheio e por parecer uma criança melecada de doce.

Mas ao contrário do que imaginei, o sujeito se aproximou de mim e ofereceu uma ajuda um tanto inusitada.

- Caramba vizinho.. Quer que eu lhe ajude a limpar isso? Será rapidinho.. - Exclamou calmo enquanto segurou de modo suave o meu pulso e começou a lambê-lo lentamente.

Ao mesmo tempo que lambia os pingos de sorvete que ainda haviam escorrido pela pele de meu antebraço, me encarava de modo libidinal estampando um sorriso um tanto provocativo em seu rosto.

Aquela sensação me trazia prazer de fato, mas ainda conseguia sentir a repulsa pela pessoa que estava me proporcionando toda aquela excitação.

- Ops.. há sorvete aqui também, Fê.. - Seus olhos fixaram em meu pescoço enquanto mordia seus lábios inferiores..

Meu coração quase parou quando comecei a sentir a língua quente alheia deslizar por meu pescoço.

Não conseguia mexer nem um músculo, mas sentia todos os toques e respirações alheias em mim.

Conseguia somente escutar meus próprios gemidos abafados e os risos contidos do dono da língua que já havia percorrido todo meu pescoço, subindo pelo meu queixo de modo voraz e necessitado.

Quando seu rosto chegou bem próximo ao meu, voltou a lamber e chupar meus lábios de maneira suave e tortuosa.

Fechei meus olhos e sentia meu corpo todo estremecer, percebendo em seguida que uma das mãos alheias já envolvia minha cintura.

Com isso, se atreveu a aprofundar o beijo o tornando mais intenso, enquanto abria os botões de minha camisa.

Quando meu peito estava todo exposto, meu "vizinho" fez um movimento que acabou batendo na mão que eu ainda segurava a casquinha com o sorvete em estado líquido. Por consequência disso, o doce gelado caiu sobre meu peitoral me deixando ainda mais constrangido.

- Oh Felipe.. me perdoe! Mas não se preocupe, vou dar um jeito nisso.. agora. - Exclamou em um tom extremamente sensual e tranquilo.

Como já previa, suas mãos puxaram meu corpo contra o dele e sua língua voltou a passear por minha pele me fazendo ofegar e arrepiar os pelos mais escondidos.

E em meio a isso, eu não conseguia me conformar como estava sendo tão dominado por alguém que eu sequer gostava e que sequer sabia o nome.

- O-ohh cacete.. mas quem.. é vo-você? - Tentei completar a frase enquanto meus mamilos eram lambidos, chupados e mordidos por aquele suposto desconhecido.

- Eu sou a boca que lhe chuparia todos os dias se você quisesse, Felipe Neto. - Pausou o que fazia, e aproximando seus lábios sussurrou as palavras em meu ouvido, atacando minha boca em seguida.

Por fim me vi rendido e completamente entregue àquele estranho que me beijava com tanto desejo que comecei a sentir algo rígido e dolorido surgir em meio as minha pernas.

Quando ele ia abaixar uma de suas mãos a minha virilha, o elevador voltou a funcionar e abriu revelando muitas pessoas esperando o resgate de quem havia ficado preso.

Em seguida, antes de se afastar de mim, ele fez questão de tirar a máscara e revelar sua identidade, me deixando paralisado e informado com quem havia me deixado duro em um elevador. Era Biel, uma das tantas pessoas que não vão com a minha cara.

E em meio aos meus pensamentos confusos, ele simplesmente saiu e me deixou quase derreter de vergonha diante de todas aquelas pessoas que expressavam confusão e caras feias em minha direção."

- Puta que me pariu.. que tipo de sonho é esse? - Acordei assustado por ter sonhado com o MC Biel, mas acabei estando extremamente excitado também.

"Na próxima vez, o levo direto para meu apartamento."

Pensei, já que era um sonho e ninguém saberia que haveria a possibilidade de eu desejar aquele funkeiro fracassado em algum momento da minha vida.

As Aventuras Bissexuais de Felipe Neto pelo YouTubeOnde histórias criam vida. Descubra agora